sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Desaprendendo o português.


Prá mim não tem coisa melhor no mundo do que conversar com meus amigos que estão há muito tempo fora do Brasil, pra rir das palavras que eles sem querer inventam. Fazem uma lambança uma mistureba de portugues com a língua do país em que estão vivendo, e quando vão falar traduzem palavras que não se encaixam surgindo daí coisas muito engraçadas. E o melhor ainda é que eles ficam bravos quando eu digo. Não existe isso em portugues; como não? mudou a língua? e eu digo; a lingua é a mesma, mudou você, jacu....rrrsss


Vou tentar lembrar de algumas ótimas. Não vou dar nomes aos bois porque dentista tá muito caro e prezo muito meu sorriso.


Eu sou muito "urgentista" - querendo dizer que é imediatista

Fico com muita "incertidão" - agora quis dizer incerteza

Preciso tomar muito cuidado com a "vizinhada" - vizinhança melhoraria, né?

A única coisa que sinto falta do Brasil é do Bombrilho - até que podia ser esse o nome do Bombril

Agora com essa guerra do Golfo já viu pra onde vai o preço dos "barréis" de petróleo - Jesuis!

Depois peguei o carro e "depositei a fulana" na estação - aqui a gente deposita é cheque, né não?

Gostei dessa banda nova que surgiu agora, "Shanque" - deixa o Skank saber disso...
E agora com vocês a campeã : Esse final de semana foi legal, porque fizemos um passeio no "campo profundo" - e o moço ficou bravo comigo porque ri meia hora - foram passear na roça, no interior.


Mamadeira + Café & Livros...ótima dica.

A criança fica totalmente à vontade. Pode se sentar no chão e ler o tempo que quiser.
Esse é o canto do café e bate papo. Bom demais.
Mais uma visão de parte da livraria. A opção pra presentes também é enorme.

Uma das várias Barnes em NYC. Em uma das minhas moradas em NY fui babá de uma gatinha coisa mais fofa do mundo. Mãe filipina, pai americano e a petitinha nascida em NY. A mãe havia estudado na França adorava a língua, então fui contratada prá falar em frances com ela o tempo todo. Era o pai falando em ingles a mãe em filipino e eu em frances. Torre de Babel era pouco. Como ficava com ela o dia todo, a língua que a danadinha melhor entendia era a nossa...rs.


Perto de onde eles moravam tinha uma Barnes & Noble Booksellers. Aliás em NY perto de qualquer lugar tem uma. É uma livraria muito legal que tem quase tudo que você procura, além de Starbucks Café, ambiente pra ler tomando um café comendo um cake, e na parte infantil tem um canto que a pitita adorava. Banquinhos baixinhos, mesinhas, brinquedos e livros. Muitos livros que ela podia manusear e brincar com todos eles.

É uma festa. O lugar fica lotado principalmente em dia de tempo ruim tipo, muito frio ou chovendo. A meninada mesmo vai até as prateleiras pega o que quer, lê sozinha ou nós lemos pra elas.

O melhor de tudo era a hora da mamadeira ou fruta ou qualquer lanche. Todos comiam super bem porque em um ambiente como este, você pode dar até jiló que a criança ama.

Tinha troca-troca de lanche, briga, tinha de tudo. Mas por incrível que possa parecer é um lugar super tranquilo e não é de forma alguma barulhento. Os adultos ficam atentos pra meninada não se exaltar, porque afinal esse cantinho fica no meio da livraria que também tá cheia de adultos concentrados na procura ou leitura.

Então você pode me perguntar. Se podem ler e brincar de graça que vantagem a livraria leva?

A maior vantagem de todas. Faz com que a criança se habitue com o ambiente, aprenda a conviver com livros, aprenda a gostar deles, ter prazer em ler, em folhear, procurar, encontrar, enfim eles sabem que estão arrebanhando futuros consumidores. E muitas vezes saí de lá com algum livro ou brinquedo pra ela mesma ou prá dar de presente.
Tá passeando por NY sozinho, com criança, adulto ou adolescente, cansou? Entre numa Barnes.



Quiném pinto no lixo.

Agora vou falar sobre a FNAC.


A de Paris, porque em BH não tem, e não conheço a de Sampa.


Principalmente pra quem quer livros e cd's. Você pode folhear qualquer livro, e com os fones de ouvido escolher o cd quer ouvir. Cada prateleira tem os seus fones e você ouve os cd's daquela prateleira. Fiquem de olho nas promoções. Já que cd é muito caro por lá. Tem umas bolinhas de cores variadas coladas no cd. As de cor verde são os discos mais baratos. Olho neles.


Prá quem quer eletronicos é uma festa. O pessoal fica quiném pinto no lixo.


Ah! Você também pode comprar ingressos pra concertos, musicais, teatro tudo. A programação fica na parede com todas as informações possíveis. Quando, onde, preço, tudo.

As minhas FNAC preferidas são da Champs-Elysées e do Halles. http://www.fnac.com/





Cruz Vermelha Internacional - Dica de Museu.

Foto da Juliana.
Um suiço chamado Henry Dunant, em 1859 por acaso se viu diante de cerca de 6 mil mortos e mais 40 mil feridos em Solferino, em mais uma estúpida guerra dos humanos. Diante desta situação meio que sem saída e por um impulso de compaixão ele começou a ajudar como voluntário a socorrer os feridos. Surgiu daí o início da Cruz Vermelha, entidade que agrega mais de 100 milhões de voluntários em quase todos os países do mundo.

Falar em Museu arrepia muita gente. Temos pouca cultura de visitar museus. Fora que nossa história ainda é muito recente e a gente não dá muito valor a ela. Eu também não tenho mais muito saco prá conhecer museus hoje em dia. Mas pela primeira vez este ano visitei esse Museu em Genebra e gostei muito. Não é um campo de horrores. Pelo contrário. É muito interessante e conta fatos históricos que eu jamais sonhei que existiram. E entendi também o porque da meia lua junto com a cruz vermelha. A cruz é do cristianismo e a meia lua é o simbolo do islamismo.

Uma das coisas mais legais e que mais me fizeram pensar foi como tanta gente pensou em guardar tanta coisa. Desde amostras de curativos, latas onde se guardavam algodão, arquivos e mais arquivos e o Museu é também muito interessante porque você vai entrando em salas, labirintos e consegue se ver, se envolver nas diversas situações em que foram envolvidos os voluntários.

Não deixem de visitar. Vale muito a pena.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Povo tentando se comunicar em inglês.....Itis duro!!!

Esse mico vai sem nome... vamos assim dizer: diz que falaram...hehehe....

A nossa vítima estava morando em Londres. Aquela peleja com a língua, porque não dizer uma verdadeira luta.

Aí, ela começa a não se sentir muito bem, uma certa fraqueza, moleza, falta de ânimo e resolveu procurar um médico.

Não sei se com qualquer povo é assim, mas nós brasileiros adoramos dar uma ajeitada na pronúncia e ficamos crentes que estamos falando a língua do próximo. Bom demais!

Bom dia, tudo bem? Tudo more or less Dra.

Não estou bem: eu penso que I have "enemy". Bem pronunciado >ênêmi".

E a Dra levando a sério a dúvida da paciente: Oh dear we all have!


Para os menos sabidos como eu em ingles, ela achava que estava com anemia, que em inglês é praticamente como em portugues >animia , e se pronuncia como escreve. Da forma que ela pronunciou virou "inimigo".

E a médica sensibilizada com a imigrante em período de adaptação, nos faz rir até hoje dessa história.

Outra do Zé...campeão até agora....hehe...hehe...


E tá lá ele no Japão fazendo graçinha pros japas afim de desencalhar o Ferro Liga da Empresa. E come com pauzinho, e dá-lhe saquê, e peixe cru, peixe cozido, peixe assado, suximi, naguiri, daiquiri e tudo que termina em i.

Um belo dia o japa faz o convite. Vou te levar hoje em uma churrascaria. Num tô acreditando!!! Será que ouvi bem? Mineirim acostumado com arroz feijão e bife todo dia, não acreditava que ia comer um naco de carrrrrrrnneeee. Carne. Deus seja louvado!!!

A noite demorou a chegar mas chegou enfim, e lá foram eles Zé salivando e já podendo sentir o cherim da carne assada entrando pelo nariz adentro.

Restaurante legal, tudo muito bom tudo muito lindo mas já estavam acomodados e não sentia cheiro de nada. Nada que lembrasse carne.

Nem podia, nem sentiu. O restaurante servia churrasco de vegetais. Todos os vegetais que ele já havia comido na vida, todos que conhecia, e claro, trocentos que ele jamais soube o que ingerio.

Advinha o que saimos pra comer assim que ele chegou de viagem? Eu acompanhando pra dar apoio, porque carne mim não come....rs.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Origem da palavra greve. Adoro.

Praça da Prefeitura de Paris. Prainha no tempo que não havia sido ainda aterrada e asfaltada
Greve de mineiros. Não das Minas Gerais...he..he... Das minas de Pas-des-Calais.
A praça dos nossos tempos. Acho muito legal essa história.

Desde 650 aC já se fazia greve, mas a palavra greve só começou a ser usada pra esse fim na segunda metade do século XIX na França. Sempre a França. Terra de povo que adora reinvidicar. Conhece e briga pelos seus direitos. Certíssimos.
A Prefeitura de Paris fica em uma praça linda e enorme ao lado do Rio Sena. Antes de chegar a civilização asfaltando e colocando calçamento pra todo lado, existia uma prainha às margens do rio. Cheia daqueles pedregulhos de beira de rio. Pedrinhas redondinhas e de outras formas, que em francês se chama "grève". Já tá dando pra perceber onde isso vai dar né?
Como é uma praça grande e onde trabalha o prefeito, as pessoas começaram a se reunir lá pra reinvidicar o que fosse. E cada vez que haveria uma reunião o boca a boca dizia: vamos nos encontrar ao lado do rio na praça perto da prainha de "grève", onde ancoram as pequenas embarcações como voces podem ver nessa foto legal que achei no Google.
"Grève" pra lá "grève" pra cá, virou greve qualquer movimento de pedição de alguma coisa.
Os casos em relação a origem de palavras e outras histórias de povos, escutei ao longo de minhas moradas e passeios pelo mundo. Derrepente podem ser verdadeiros ou folclore. Mas quando o "causu" é bom eu repasso. Não estou afirmando nada. Ok?






Eu só queria entender.

Hôpital des Enfants Malades
Desde que eu conheci o Hôpital des Enfants Malades em Paris, fiquei indignada com o nome. E sempre perguntava e ninguem sabia responder minha pergunta.

Porque Hospital das Crianças Doentes? Já viu algum hospital pra criança sadia?
O interessante é que só eu achava esquisito. Eles não achavam e também não sabiam explicar.
Até que um dia eu descobri. Achei um nativo que me explicou.
Já nem sei quem me esclareceu o mistério.

Seguinte: a palavra Hospital não teve esse significado sempre. Só na segunda metado do século XIX ela passou a significar lugar onde são recebidas pessoas doentes para serem tratadas.

Antes, muito antes, existiam hospedarias onde eram recebidas pessoas doentes, desabrigados, vagabundos, prostitutas, crianças doentes, tudo misturado. Hôpital é sinônimo de Hospedaria.
Na Segunda Guerra Mundial, quando começaram a chegar em Paris muitos feridos, órfãos, mulheres, velhos, todos eram recebidos em um mesmo lugar. Hôpital. A medida que foi aumentando muito o número de pessoas comecaram a separar porque o problema só aumentava. Doentes junto com não doentes, adultos estuprando adolescentes. Aquela peleja. Comecaram por separar os adultos doentes das crianças doentes. Separar crianças doentes de órfãos sadios. E separa daqui separa dali, a casa onde estavam as crianças doentes passou a se chamar Hôpital des Enfants Malades. Hospital de Crianças Doentes.
E a casa de crianças sadias somente Hôpital.

E quem quiser que conte outra...

Alegrando os olhos dos amigos.

Flores do jardim da minha querida amiga Michette. Restinho do verão francês.





Melhores histórias...do Zé, claro!!!!


Chefe do Zé chama numa sexta feira à tarde e diz: A partir de segunda você assume as vendas internacionais. No que ele diz: mas chefe, não sou fluente em inglês! Chefe retruca: tem problema não. Aluga uns filmes, bota esparadrapo na tela da TV para não ver o"subtitle" e vai treinando.
Ah! E no mês que vem você ta indo vai pra Seul!

E assim foi. Um mês de aulas intensivas com o Marcelo e parte o calouro em inglês, com a cara e a coragem.

Primeiro dia de trabalho reunião com o Mr. Lee agente da Empresa, na Coréia. Ele pegaria o Zé no Hotel. O Zé fica no quarto esperando a ligação.
Mr. Lee liga: Mr. Spinola? The traffic is terrible and I will delay.

Zé num inglês impecável: No problem! I wait.
10 minutos depois o telefone toca novamente, ele atende e uma voz diz: Mr. Spinosa? This is Mr. Lee, I am at the lobby in front of the elevator. Black suit and red tie.

Desce o Zé e encontra o Mr. Lee. Entra no carro, uma limusine maravilhosa, super chic com motorista de luvas brancas e tudo. Ele pensa, pô a Empresa tá com a bola toda. Olha o naipe do nosso agente na Coréia.

Alguns quarteirões mais a frente o Mr. Lee querendo puxar conversa diz: Well, how is the computer market in your Country?

O Zé pensa: computador? Eu trabalho com Ferro Liga mas tudo bem, deve ser conversa amena sobre assuntos gerais.

E responde: Very well. You know, developing Country, the market is going up very fast..

E o Mr. Lee: Developing Country? But Spain is already a developed Country.

Zé: Spain? No, I am from Brasil. Not Spain.

E o Mr. Lee: Oh! Are you not Mr. Spinosa, from IBM in Spain?

Zé humildemente: No Sir. I am Mr. Spinola, from Brasil. No IBM, no Spain..

O coreano fica vermelho e espumando de raiva vira pro motorista e dá uma ordem imcompreensível. O carro dá uma guinada e volta a mais de 100 km/h pro Hotel naquele transito infernal de Seul.

A essa altura do campeonato o Zé ficou invisível. O coreano nem olhava pra ele.

Chegando ao Hotel ele abriu a porta e só dizia: out, out, please, out, out.

Quase empurra o Zé fora do carro e ele sai sem entender nada. Sobe pro quarto reza duas Ave Marias e um Pai Nosso. E agora meu Deus?

15 min depois o telefone toca novamente: Mr. Spinola? This is Mr. Lee ( o real ) I am waiting for you at the Hotel Lobby.

O Zé até hoje não sabe se o outro Mr. Lee, que deve ser igual Silva aqui pra nós, recuperou o espanhol que foi deixado pra trás por engano.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...