quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Mexendo num vespeiro...medo de avião.
Se é que tem uma coisa difícil pra muita gente, é respeitar o medo dos outros. Quando a coisa não incomoda a gente, é difícil de entender e respeitar o incômodo do outro.
Unha arranhando na parede......prefiro a morte! Me cutucar....óoodio! Passar a unha em papel.......morrer deve doer menos! Ver alguém sentado em um balcão ou muro e nem precisa de ser alto, basta não ter proteção. Meu estômago dói ! Isso tá mais pra aflição, mas como não sou muito de medo, tô falando do que me incomoda, do que gostaria que respeitassem em mim.
Vamos ao avião. Pelo que já observei, a maior parte das pessoas tem medo. Este medo tem várias escalas. Desde o medo, "tô morrendo mas vou", até o medo de, "é melhor não tocar nesse assunto".
Tenho uma amiga, que basta começar a falar sobre viagem que ela se entusiasma, fica cheia de planos, mas de repente, não mais que de repente ela pensa no avião e vai murchando, murchando e começa o ataque. Fica tão brava, que é como se tivéssemos falando ou convidando ela pra uma coisa muito ruim.
Não adianta mostrar estatísticas, segurança dos aparelhos, habilidade e horas de vôo da tripulação, olha! já cheguei! o vôo foi ótimo......você tá perdendo.....pois é, quem sabe na próxima. Mas essa próxima só vai sendo adiada.
Tenho que fazer um tratamento, tenho que perder este medo, não tem lógica, amo viajar. Como só vou ficar indo onde dá pra ir de carro? Vou procurar hoje mesmo alguém que me cure desse pavor. Este é o pensamento de todos num minuto de lucidez. Mas até pra procurar um tratamento, a pessoa empurra com a barriga. E é num caso assim que temos que entender. E ter paciência. Muita!
Eu não tô nem aí pra avião. Com esse monte de horas de vôo, já aconteceram coisas de pouca gravidade, mas que seria um bom motivo pra eu pelo menos recear. Não! Não adianta! Não me importo!
Para não espichar muito a prosa, conto em outro momento, viagens minhas com medrosos. Depois que estamos no chão, chega até a ser engraçado mas, quando tamos lá em cima, não tem graça nenhuma. Pra mim tem, mas não sou louca de rir ou abrir a boca.
Afinal, como já disse, tenho amor aos meus dentes e dentista tá cada vez mais caro.
Ps.: ilustrei bastante pra não apanhar muito dos medrosos e gostaria muito que as pessoas portadoras desta síndrome ( pra parecer menos ruim...rs.,,.) falassem a respeito. Pra isso tá aberta a seção: O leitor também vai escrever. Me mande o imeio que publico. Vamos trocar idéias!
Esse pessoal pode te ajudar a acabar com seu medo. Qualquer medo. Não só de avião.
Mico dele. Please, potato juice. What ?
E lá rumamos nós pra NY ! Eu falando pouco inglês, meu irmão menos ainda. A diferença é que eu já conhecia a cidade e me virava. Não posso dizer que me virava tão bem, porque vou ter que contar meu mico do dia em que nos perdemos.
E pra comer, pra comprar, pra beber, pra, pra, pra, tudo eu. Ele nem se importava em tentar ousar alguma palavrinha na língua nativa.
Não me lembro porque me afastei dele por uns minutos, talvez tenha entrado em uma loja e ele não, só sei que quando vi, ele tava aos gestos com um vendedor de uma lanchonete. Cheguei e o moço parecia estar vendo um marciano tal a cara de espanto, misturada com.... Jesus me abana !!!
Perguntei o que se passava e meu irmão, como se tivesse falando a coisa mais sensata do mundo, já tava bravo porque não aguentava mais repetir e o moço não entendia o seu Inglês oxfordiano.
"Potato juice, please" (suco de batata, por favor). Falou até o please !!
Queria um suco de tomate !!
Tem vendedor que não se esforça mesmo, né?
O melhor garçon do mundo. O honesto. Pro cliente, claro!
Existiu em Belo Horizonte um restaurante que marcou época. Era o Arroz com Feijão. Sabe aquele lugar que vira e mexe a gente cai nele? Por que? Porque ficava aberto 24 hs e 7 dias por semana. E a gente se sentia em casa.
Era um barato e nós clientes fidelíssimos. Várias noites passamos conversando, comendo, bebendo café, café e mais café e de repente café da manhã. Dia claro !
E lógico que causus homéricos aconteceram por lá. Com todos nós e, mais ainda, com um garçon que a gente amava. Gordinho e vivia com as mãos cruzadas em cima da barriga. Uma peça raríssima!! Pena que me esqueci do nome dele.
Vamo lá: "ô Seu fulano, cadê aquele doce de ambrosia delicioso que tinha aqui. Saiu do cardápio?" "Não, a gente comia tudo e pararam de fazer".
Outra: "Que isso aqui? Cê já comeu?" - "Eu ??? não...!!! nunca comi.....tem um aspecto horrível..."
Outra: "Que confusão é essa? Que tá acontecendo na cozinha?"- "hum...rummm...maior correria... a Vigilância Sanitária chegou e pegou o povo no flagra. Tem carne descongelando em cima da pia, cheio de caixas e coisas no chão...um bafafá".
Mais: Éramos 3 amigos. Conversa boa, comida boa. Sobremesa. Os 3 pediram. Chegaram duas sobremesas, a minha e da minha amiga. Comemos e dá-lhe papo. Esquecemos do tempo. Depois de muitos minutos, eu disse pro meu amigo : "A sua tá demorando. Chama o Seu Fulano". Lá vem ele no passo mais zero-a-zero do mundo e as mãozinhas cruzadas em cima da barriga.
"Ô Seu Fulano? Cadê minha sobremesa? Tá demorando...." e ele muito calmamente: "O cozinheiro deixou queimar. Duas vezes" - Fez questão de frisar..... "tá lá..... fazendo de novo". Era uma banana quente com doce de leite e sorvete. Uma delícia !!!
Entregava mesmo. Não perdoava ninguém...rs.
E tem uma de um outro garçon, este em uma festa de casamento de minha amiga. Alguém pergunta educadamente: "Por favor, o Sr. sabe de que é esse salgadinho?" E ele com a maior cara de desconsolo do mundo, quase pedindo perdão, meio pálido, responde: "Sei não, dona, hoje não provei nada...tô com um pobrema de intestino horroroso...."
....alguém comeu?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Caçando confusão com advogados...rss...rss...rs.
Mico meu, pra não virar mico seu
Estou eu na Holanda. Me achando. País lindo, receptivo.
Esperando o ônibus. E lá vem ele, dou sinal, pára. E fico esperando abrir a porta. Nada. Ele arranca e vai embora. E eu: "povo esquisito!" Sempre o outro povo é que é esquisito. Nunca eu.
Espero mais . Lá vem outro. Dou sinal, pára. Espero de novo que tenham a gentileza de abrir a porta pra mim. Nada. Ele arranca e vai embora. Cacete! Que raio de lugar doido é esse?
Foi aí que chegou uma moça e ficou esperando comigo. Cara de nativa. Pensei: "quero ver se não abrem agora". Lá vem outro. Ela dá sinal. Ele pára. Ela mui simplesmente aperta um botão ao lado da porta, a porta se abre como mágica, e eu quase jogo ela no chão porque pulei na frente e já caí dentro do ônibus com medo dele arrancar e me deixar pra trás mais uma vez.
Aproveitando lá vai uma dica. Na França, por exemplo, a gente abre a porta do vagão do metrô. Em NY as portas se abrem automaticamente.
Sempre confundo.
Nada se cria tudo se copia. Falou com sabedoria Seu Chacrinha.
Quando cheguei ao local que já foi o berço das civilizações e onde foram construidos os Jardins Suspensos da Babilônia (hoje Iraque, antiga Mesopotâmia) , custei a crer. Da mesma forma que estamos acabando hoje com nossos rios e florestas, a escola de fazer besteira é antiga e os alunos vão só se aperfeiçoando. Cada vez mais, fazendo menos pra conservar a natureza, e as obras maravilhosas criadas por eles mesmos.
Bão, mas o assunto não é mesmo este. O assunto é: levei um susto.
O que é o museu da Babilônia? Onde existiram os Jardins, hoje praticamente existem ruinas e escavações. Há muitos anos, os iraquianos estão trabalhando pra tentar reconstruir a cidade. E tudo que é encontrado vai pra um museu que foi construido no local.
E entro eu no museu, já que do lado de fora pro meu gosto tá ficando muito feio, porque eles estão elevando muros e paredes em cima das estruturas antigas. Pra mim não rola, porque fica aquela cor antiga e a cor nova dos tijolos. Horroroso. Preferia que deixassem só o que foi encontrado e fim. Como na Grécia. Muito mais interessante.De dentro do museu foi que veio a surpresa.
Logo na entrada dei de cara com carrancas do São Francisco. Várias. Idênticas as encontradas nas embarcações do Velho Chico. Tamanho, expressões, cores, tudo. E fui andando. Dentro de armários de vidro, estão as bijouterias Colombianas, Peruanas e da América Latina em geral. Todas feitas com cerâmica pintada. Colares, brincos, pulseiras. Contas idênticas. Tudo. Exatamente essa bijouteria que compramos hoje vindas dos paises latinos. Tudo feito no século VI a.C. Há quantos mil anos atrás?
As jóias em ouro, tem os mesmos desenhos das que compramos hoje desenhadas pelos mais modernos designers.
Então fiquei pensando. Realmente o Chacrinha tava certo. Nada se cria, tudo se copia. Qual a diferença? A diferença está nos materiais. Hoje usamos ainda o ouro, a prata, o estanho, o barro, mas temos o plástico, o acrílico, e mais vários elementos que não vou citar porque não domino esta área.
Os jardins já foram considerados uma das Sete Maravilhas do mundo. Tomando por base essa pequena amostra que continua fazendo sucesso até nossos dias, dá pra acreditar que naquela região de uma aridez sem fim, realmente existiu tudo que a história conta, e pessoas com uma inteligência e sabedoria tamanha, que são copiadas até hoje.
http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/ Caso tenha ficado interessado nesta história.
http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/ Caso tenha ficado interessado nesta história.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A balança dos nossos sonhos existe.
Me dê meia dúzia. E os recadinhos vão trocando. Todos te deixando cada vez mais apaixonada por você. É tudo que precisamos nessa vida.
Dê um passeio nesse endereço e vai encontrar coisas lindas. Peguei essa foto lá.
http://wideopenspaces.squarespace.com/
Dê um passeio nesse endereço e vai encontrar coisas lindas. Peguei essa foto lá.
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Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou.
O ser humano tem mania de reclamar. Aqui na terrinha uma reclamação constante é sobre o calorão. E temos razão a maior parte do tempo, porque trabalhar suando é o ó. Prá nós calor é bom nas férias. Na praia. Pelados.
Quando a gente mora em um país onde ficamos 3 semanas sem ver o céu, chegando até a duvidar que ele já existiu um dia, voltando pra cá nos encantamos com os dias claros, luz natural, calor. Depois de um tempo o saco começa a encher de novo. E dá-lhe reclamação.
Tenho uma amiga que se casou com um inglês e vieram morar aqui. O moço, acostumado com a falta de sol, se encantou com os trópicos. Eles foram morar em um apartamento que tinha uma varandinha e pro gringo não tinha coisa melhor no mundo que pegar o jornal ou um livro pela manhã, junto com uma boa xícara de chá e ficar lendo com o sol batendo na moleira. Tem gosto pra tudo. A gente já ia procurar logo, logo uma sombrinha...rs...rs...
Aí minha amiga começou a escutar aquele arrastar de cadeira todo dia até descobrir que ele ficava puxando a cadeira acompanhando o sol pra não perder uma nesguinha.
Só parou com essa peleja, depois de uns tempos, quando se convenceu que ele ( o astro rei ) viria todos os dias. Não precisava ficar aproveitando o máximo o tempo todo. Sua mulher já havia falado mil vêzes, mas só o tempo o convenceu.
Pra gente que é acostumado nem liga. Essas 3 semanas sem ver o céu foi uma angústia minha em Londres. Só tinha certeza que ele estava lá acima da minha cabeça, porque o vi lindo, límpido e azul antes do avião furar aquela camada densa de nuvens que tem cadeira cativa em cima da ilha. Quiném a nuvem em cima da casa da família Adams, lembram?
Só faltam os morcegos.
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