quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Mico dele. Please, potato juice. What ?


E lá rumamos nós pra NY ! Eu falando pouco inglês, meu irmão menos ainda. A diferença é que eu já conhecia a cidade e me virava. Não posso dizer que me virava tão bem, porque vou ter que contar meu mico do dia em que nos perdemos.

E pra comer, pra comprar, pra beber, pra, pra, pra, tudo eu. Ele nem se importava em tentar ousar alguma palavrinha na língua nativa.

Não me lembro porque me afastei dele por uns minutos, talvez tenha entrado em uma loja e ele não, só sei que quando vi, ele tava aos gestos com um vendedor de uma lanchonete. Cheguei e o moço parecia estar vendo um marciano tal a cara de espanto, misturada com.... Jesus me abana !!!

Perguntei o que se passava e meu irmão, como se tivesse falando a coisa mais sensata do mundo, já tava bravo porque não aguentava mais repetir e o moço não entendia o seu Inglês oxfordiano.

"Potato juice, please" (suco de batata, por favor). Falou até o please !!

Queria um suco de tomate !!

Tem vendedor que não se esforça mesmo, né?




O melhor garçon do mundo. O honesto. Pro cliente, claro!


Existiu em Belo Horizonte um restaurante que marcou época. Era o Arroz com Feijão. Sabe aquele lugar que vira e mexe a gente cai nele? Por que? Porque ficava aberto 24 hs e 7 dias por semana. E a gente se sentia em casa.

Era um barato e nós clientes fidelíssimos. Várias noites passamos conversando, comendo, bebendo café, café e mais café e de repente café da manhã. Dia claro !

E lógico que causus homéricos aconteceram por lá. Com todos nós e, mais ainda, com um garçon que a gente amava. Gordinho e vivia com as mãos cruzadas em cima da barriga. Uma peça raríssima!! Pena que me esqueci do nome dele.

Vamo lá: "ô Seu fulano, cadê aquele doce de ambrosia delicioso que tinha aqui. Saiu do cardápio?" "Não, a gente comia tudo e pararam de fazer".

Outra: "Que isso aqui? Cê já comeu?" - "Eu ??? não...!!! nunca comi.....tem um aspecto horrível..."

Outra: "Que confusão é essa? Que tá acontecendo na cozinha?"- "hum...rummm...maior correria... a Vigilância Sanitária chegou e pegou o povo no flagra. Tem carne descongelando em cima da pia, cheio de caixas e coisas no chão...um bafafá".

Mais: Éramos 3 amigos. Conversa boa, comida boa. Sobremesa. Os 3 pediram. Chegaram duas sobremesas, a minha e da minha amiga. Comemos e dá-lhe papo. Esquecemos do tempo. Depois de muitos minutos, eu disse pro meu amigo : "A sua tá demorando. Chama o Seu Fulano". Lá vem ele no passo mais zero-a-zero do mundo e as mãozinhas cruzadas em cima da barriga.

"Ô Seu Fulano? Cadê minha sobremesa? Tá demorando...." e ele muito calmamente: "O cozinheiro deixou queimar. Duas vezes" - Fez questão de frisar..... "tá lá..... fazendo de novo". Era uma banana quente com doce de leite e sorvete. Uma delícia !!!

Entregava mesmo. Não perdoava ninguém...rs.

E tem uma de um outro garçon, este em uma festa de casamento de minha amiga. Alguém pergunta educadamente: "Por favor, o Sr. sabe de que é esse salgadinho?" E ele com a maior cara de desconsolo do mundo, quase pedindo perdão, meio pálido, responde: "Sei não, dona, hoje não provei nada...tô com um pobrema de intestino horroroso...."

....alguém comeu?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Caçando confusão com advogados...rss...rss...rs.


Quem não concordar, vá falar com Seu Millôr...rs...rs. Rir é bom demais....


"Grandes advogados conhecem muita jurisprudência. Advogados geniais conhecem muitos juizes".


Mico meu, pra não virar mico seu


Estou eu na Holanda. Me achando. País lindo, receptivo.
Esperando o ônibus. E lá vem ele, dou sinal, pára. E fico esperando abrir a porta. Nada. Ele arranca e vai embora. E eu: "povo esquisito!" Sempre o outro povo é que é esquisito. Nunca eu.

Espero mais . Lá vem outro. Dou sinal, pára. Espero de novo que tenham a gentileza de abrir a porta pra mim. Nada. Ele arranca e vai embora. Cacete! Que raio de lugar doido é esse?

Foi aí que chegou uma moça e ficou esperando comigo. Cara de nativa. Pensei: "quero ver se não abrem agora". Lá vem outro. Ela dá sinal. Ele pára. Ela mui simplesmente aperta um botão ao lado da porta, a porta se abre como mágica, e eu quase jogo ela no chão porque pulei na frente e já caí dentro do ônibus com medo dele arrancar e me deixar pra trás mais uma vez.

Aproveitando lá vai uma dica. Na França, por exemplo, a gente abre a porta do vagão do metrô. Em NY as portas se abrem automaticamente.

Sempre confundo.




Nada se cria tudo se copia. Falou com sabedoria Seu Chacrinha.




Quando cheguei ao local que já foi o berço das civilizações e onde foram construidos os Jardins Suspensos da Babilônia (hoje Iraque, antiga Mesopotâmia) , custei a crer. Da mesma forma que estamos acabando hoje com nossos rios e florestas, a escola de fazer besteira é antiga e os alunos vão só se aperfeiçoando. Cada vez mais, fazendo menos pra conservar a natureza, e as obras maravilhosas criadas por eles mesmos.

Bão, mas o assunto não é mesmo este. O assunto é: levei um susto.

O que é o museu da Babilônia? Onde existiram os Jardins, hoje praticamente existem ruinas e escavações. Há muitos anos, os iraquianos estão trabalhando pra tentar reconstruir a cidade. E tudo que é encontrado vai pra um museu que foi construido no local.

E entro eu no museu, já que do lado de fora pro meu gosto tá ficando muito feio, porque eles estão elevando muros e paredes em cima das estruturas antigas. Pra mim não rola, porque fica aquela cor antiga e a cor nova dos tijolos. Horroroso. Preferia que deixassem só o que foi encontrado e fim. Como na Grécia. Muito mais interessante.De dentro do museu foi que veio a surpresa.

Logo na entrada dei de cara com carrancas do São Francisco. Várias. Idênticas as encontradas nas embarcações do Velho Chico. Tamanho, expressões, cores, tudo. E fui andando. Dentro de armários de vidro, estão as bijouterias Colombianas, Peruanas e da América Latina em geral. Todas feitas com cerâmica pintada. Colares, brincos, pulseiras. Contas idênticas. Tudo. Exatamente essa bijouteria que compramos hoje vindas dos paises latinos. Tudo feito no século VI a.C. Há quantos mil anos atrás?

As jóias em ouro, tem os mesmos desenhos das que compramos hoje desenhadas pelos mais modernos designers.

Então fiquei pensando. Realmente o Chacrinha tava certo. Nada se cria, tudo se copia. Qual a diferença? A diferença está nos materiais. Hoje usamos ainda o ouro, a prata, o estanho, o barro, mas temos o plástico, o acrílico, e mais vários elementos que não vou citar porque não domino esta área.
Os jardins já foram considerados uma das Sete Maravilhas do mundo. Tomando por base essa pequena amostra que continua fazendo sucesso até nossos dias, dá pra acreditar que naquela região de uma aridez sem fim, realmente existiu tudo que a história conta, e pessoas com uma inteligência e sabedoria tamanha, que são copiadas até hoje.
http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/ Caso tenha ficado interessado nesta história.

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!