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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eita mundo pequeno, meu Deus! Eu na China...


E estávamos eu e minha amiga em Pequim. Apesar das dificuldades com a língua e pra circular, fizemos tudo que queríamos.

Saímos um dia pra ir à Casa da Amizade, que era uma espécie de loja do governo com artesanato em geral , não sei se ainda existe hoje, mas, quando fomos lá, a coisa era tão feia que existiam duas moedas: uma pro povo outra pra turista.

Minha amiga adorava uma foto. Eu sou mais desligada. E lascava eu a tirar foto dela o tempo todo. Ao lado disso, em cima daquilo, abraçada com o poste, atrás sei lá de onde. E brincava com ela dizendo que ela era muito cafona, com essa mania de foto o tempo todo. Brincadeira mesmo porque não tô nem aí, quer tirar, tira, ou melhor, eu tiro.

Estamos nós em frente à Casa da Amizade e ela me pede pra bater uma foto. Lá vou eu. Enquanto ela fazia a pose, falei: "Eita cafonice meu Deus, essa mania de foto!" No mesmo instante, ouvi atrás de mim: "acho cafona, não!"

Me virei e eram dois brasileiros. Até aí nada demais, mesmo sendo na China, há tantos anos.
Começamos a conversar e eles disseram que estavam fazendo um trabalho, pra não me lembro quem, trabalhavam no Porto de Tubarão no Espírito Santo.

Pra quem não leu ainda posts mais antigos, aviso que estava de férias, e trabalhava nesta época no Iraque.
Ok.

Minha amiga diz: " vocês são capixabas? Eu também. Que coincidência!" Ainda não foi a maior. Vejam só !
E continuou ela: "tenho uma irmã que trabalha no porto." E eles: "mesmo? Como ela se chama?" Apesar de ter trocentos mil funcionários, esta pergunta é inevitável, né?

Parenteses (adoro um).
Já encontrei, não só uma vez mas várias, pelo mundo, gente que me diz: "você é brasileira? Tenho um tio que mora em São Paulo. Fulano, quem sabe você não conhece?" Quando tô num dia ótimo, arrasto a conversa. "Fulano? Como ele é? Parece que já ouvi este nome..." hhheeeee.....

Voltando ao papo...
"Ela se chama X." "Mentira! Não acredito!!! Você que é a Fulana, irmã da X? Olha, quando falei que tava vindo pra cá, sua irmã, que é minha amiga, me disse que você também viria de férias, mas nem falou mais nada, porque vir pra esse planeta China, seria muito achar que a gente poderia se encontrar."

O que eu acho mais doido é a gente estar no mesmo lugar, naquela hora, parados a uma distância que um podia ouvir o outro, e eu ter falado no momento da foto, porque se tivesse ficado calada, jamais eles saberiam que a gente era da mesma terra.

Depois conto a odisséia que foi pegar um táxi, neste dia, pra voltar pro Hotel. Com direito a não acreditarem, claro!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pensavam que acontecia só comigo? Não. Com o Zé também.



Mais uma colaboração do nosso amigo Zé. E ainda na China. Que sina!
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Estava eu indo para Xian, interior da China, onde tem os famosos "Exércitos de Terracota", pra participar de um Congresso.

Cheguei tarde da noite e, como disse esta nossa amiga blogueira, nunca chegue em um lugar desconhecido à noite. Pois bem, cheguei no aeroporto, peguei minha mala e saí do dito quase escuro pois as luzes estavam sendo apagadas, procurando a tradicional fila de táxi com o endereço do hotel na mão. Nada de fila de táxi... Só eu de estrangeiro, todos os outros chineses foram a caminho de um estacionamento pegar seus respectivos carros.

Olhei pra direita, pra esquerda e, nisso, se aproximou um chinesinho, novinho, poucos dentes, em um carro russo que um dia foi vermelho, sem placa, sem sinaleira de táxi, cujo porta-malas era amarrado com uma cordinha. Já veio com a mão na minha mala e falando em chinês um monte de coisas que eu não entendia. Puxei minha mala pra mim e, por sorte, tinha um guardinha perto.

Cheguei até o guarda e perguntei em inglês se aquele taxista era oficial, se era confiável, se eu podia pegá-lo sem problemas, etc, etc. O guardinha me olhou com cara de paisagem e continuou olhando pra.... paisagem.

O chinesinho acho que entendeu minha aflição e disse pra mim com o polegar para cima: "Is good, Is good"(é bom é bom).

Meu Deus, o que seria pior, ficar ali sozinho no aeroporto já às escuras ou me arriscar?

Arrisquei. O chinesinho riu escancaradamente."Is good , is good..." Jogou minha mala no porta- malas amarrado com a dita cordinha e meteu o pé na estrada.

Tudo escuro, a cidade nunca chegava e eu não conseguia ler nenhuma placa sinalizando "Xian", tudo em chinês e comecei a ficar preocupado. Nisso, lá adiante aparece uma barreira de pedágio e fico um pouco mais aliviado, pelo menos parecia ser algo civilizado. Porém, algumas centenas de metros antes da barreira, o chinesinho dá uma guinada no carro e entra por uma estrada de terra, fugindo do pedágio. "Meu Deus, tô fu" pensei. E o carro passa por umas vilas horrorosas, com gente mal encarada nas portas, esgotos nas ruas, crianças nuas e jovens fumando nao sei o que... Rezei, rezei muito. Pensei: "Meu Deus, se este cara me leva pra algum lugar, rouba meus dólares e me desova num buraco destes, nunca ninguém vai saber o que aconteceu," e rezei e rezei, acho que tava quase chorando, suando, pois o chinesinho olhou no retrovisor e com uma risada um tanto sarcástica falou: " Is good, is good."

Achei que aquela risada queria dizer: "Vai se fu... rapazinho...Agora você se fu..." E minha cabeça rodou.. E rezei mais ainda. Nao sei quantos Pai Nossos, quantas Ave Marias, Salve Rainha, Credo, e tudo mais. E o chinesinho com o pé fundo no acelerador: " Is good, is good!"

Quando eu já tava pensando no tipo de morte que iria ter, desmaiando de medo, suando de apreensão, o chinês vira uma rua e diante de mim aparece um lindo hotel : "SHANGRILAH". Era o meu hotel !!!!!!
Juro por Deus, quase dei um beijo na boca nojenta daquele chinesinho. E ele com aquele sorriso, que até hoje não consigo decifrar se era de sacanagem ou não, parecia que me dizia: "Não te disse? Is good, is good..."

sábado, 21 de novembro de 2009

Mochileira em hotel 5 estrelas. Combina?







Aí, toca o motorista de táxi, premiado entre tantos, a nos levar pra um hotel. Pra quem tá chegando agora ao blog, eu tava em Pequim. Como eu não conhecia nenhum, vamos pra qualquer um.

Rodou, rodou, passou por favelas e mais favelas - que hoje sei que não existem mais porque foram arrancadas por causa das olimpíadas.

E parou, depois de um tempo, em frente a um hotel chiquéééérrimo. Trocamos um olhar, minha amiga e eu, mas, naquela altura do campeonato, não tinha a menor condição de, mais uma vez, tentar novo diálogo com o motorista. E, além do mais, imagino que ele devia pensar que a gente tinha grana. Turista é sempre tratado como o "bon vivant", aquele que tá podendo. E nem sempre é assim. Viajo muito (não viajo apertada contando moedas, mesmo porque já contei muitas economizando pra viajar) mas também não posso me dar ao luxo de hotel com mais de 2 estrelas.

Parenteses aqui.

Viajando por país rico, hotel barato pode ser até 1 estrela. Viajando por país pobre, 4 ou 5 estrelas. Vai por mim.

Continuando...

Já na recepção, as tupiniquins se assustaram. Estávamos no Beijing... (esqueci o resto), que tinha sido inaugurado naquela semana. Que mêda! É uma pena que não me lembro o quanto paguei por aquela noite, claro que só aquela, porque no dia seguinte, assim que clareou o dia, a gente tava atrás de outro hotel.

Mas era lindo! Enorme, suntuoso, o salão de café perdia de vista. E dá-lhe dragões, estátuas e chinesinhas espalhadas a cada 10 metros sorrindo e oferecendo os préstimos.

O quarto... sabe daquelas camas de solteiro que aqui no Brasil ja foram de casal? Pois é ! Lençóis lindos que, anos depois, descobri que eram de algodão egípcio. Nos trancamos nele e só saímos de manhã cedinho com a mochila já nas costas. Aquilo custava pelo menos uma semana de viagem nossa.

Na mesinha de cabeceira, caixinha com linhas, agulhas, tesoura, blocos e envelopes de carta (não meu senhor, tinha internet ainda não!) , sabonetes, cremes e xampus e tudo que nunca tinha visto ainda pelas pousadas e albergues da minha vida...rs.

Hoje em dia, isso tudo é bem comum, mas há 20 anos, pra mim pelo menos, era uma puta novidade. Secador de cabelo em banheiro, roupão felpudo branquiiiiiiinho. Nunca tinha visto nada igual.

Demos uma limpa. Nas miudesas, bem entendido. Coisas que eram mesmo pros hóspedes. Não ficou pedra sobre pedra. Lencinhos de papel, lencinhos umedecidos. Uma festa!

Este mesmo hotel nos deu o endereço de um outro, muito bom também, mas bem mais pro bolso da gente.

Só me lembro que era tipo 1/10 do preço.

Uma diferença exorbitante !!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vai ser difícil assim lá na China!


Quando eu fui à China há muitos anos, fui influenciada, primeiro pela minha paixão o Henfil ( que escreveu Henfil na China) e, segundo, por todos os chineses com os quais trabalhei no Iraque. E foi muito bom! Muito bom e muito diferente de tudo. E olha que eu tava morando em um país árabe, o que, pra nós brasileiros, em matéria de diferença, já tá de bom tamanho.

Chegamos a Beijing ou Pekim, à noite. Sempre digo: nunca cheguem à noite em lugares desconhecidos. Mas nem sempre podemos escolher.

Parecia que era o último vôo chegando, então o aeroporto ia fechando às nossas costas. Tentei procurar um balcão de informações mas fui, gentilmente, empurrada pra saída do aeroporto. Acabamos de sair e já apagaram as luzes e fecharam as portas na nossa sombra.

No que colocamos o nariz na rua, na porta do aeroporto, choveu chinês em cima da gente. Motoristas de táxi. Todos colados em nós ( éramos eu e uma amiga) e falando ao mesmo tempo. Em chinês, claro! E nós não entendendo nada. Não adiantava fazer gestos, pedindo pra se acalmar. Ninguém queria perder sua última chance de ganhar o troco do dia.

Num repente, eu sou "de repente", me deu uma doida e dei um berro que sacudiu o mausoléu do Mao lá na Praça Celestial. E acompanhado do berro, veio o palavrão. Daqueles chics que saem com muito poder.

Deu-se um silêncio absoluto.

Peguei um papel e fiz um $ seguido de uma interrogação, seguido de um desenho de um avião e um hotel. Como eles estão acostumados com símbolos, em um segundo todos entenderam o que eu queria.

Ir pra algum lugar era óbvio, mas queria saber quanto ia pagar.

E não é que nos entendemos e ainda discuti e consegui o melhor preço?
Amanhã eu conto pra onde o motorista nos levou.
Henfil na China
Círculo do Livro - 1982

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Brasileiro não consegue viajar light. Zé contando.



A empresa onde trabalho resolveu abrir um escritório em Pequim e lá fui eu procurar um chinês para servir de base e me ajudar nos trâmites iniciais. Já tinha uma referência boa da pessoa e fui encontrar com ele lá. Não vou falar o nome aqui, porque vocês sabem, este Blog corre mundo e não queremos expor as pessoas.
Mas o interessante é que os chineses pra facilitar as coisas pros ocidentais, escolhem um nome ocidental e se auto-batizam com aquele nome e todos nós ficamos conhecendo pelo nome ocidental, caso contrário, todos chamariam Xin Chon Quan ou Xon wuan Jiang, e assim vai. Mas o nosso chinês lá chamava-se Robert. Very easy, isn't it? (Muito fácil, não ?)

Pois bem, encontrei com o Robert em Pequim, selecionamos algumas salas, verifiquei a documentação necessária pra abrir uma empresa na China, etc, etc, e voltei pro Brasil. Dois meses depois, meu chefe me chama e me diz : "Zé, vamos a Pequim que quero ver aquelas salas e dar andamento a essa proposta". O chefe foi, e com a família. Estavam de férias, iriam também. Liguei pro Robert e expliquei tudo pra ele. Pedi pra arrumar uma van pra nos esperar no aeroporto, pois éramos 8 pessoas. Chegando em Pequim, lá estava o chinesinho Robert nos esperando. De repente, ele fica branco e só depois pude entender o porquê: a van que ele tinha arrumado cabia 8 pessoas... E NENHUMA MALA. E chefe quando viaja com familia, haja mala!! Chinês corre pra cá, fala ao telefone, corre pra lá e repete mil vezes, "wait a moment", "wait a moment" (só um minuto, só um minuto). Alguns longos minutos depois, chega a van com uma carretinha atrás. Problema resolvido!!! Fomos nós pro hotel de van, com uma carretinha atrás coberta de malas !!
Meses depois, a situação se repete. Ligo do Brasil pro Robert e digo a ele que estaríamos "toooodos" de volta a Pequim em tal data. Chegando ao aeroporto, tava lá o Robert todo sorridente e nós com a habitual montanha de malas atrás. Seguimos pro estacionamento, mas como eu não via van nenhuma, perguntei pr o Robert: "Robert, where is the Van?" (Cadê a van ?) Já preocupado de ter o mesmo problema novamente e o chefe julgar minha, a incompetência.... Robert dá um largo sorriso de dentes estragados e aponta prum ônibus.

Gente, um ônibus gigante !!! Viação Cometa perdia praquele ônibus!!

Chefe olha pra mim e pro chinês e diz: "Vocês dois fazem uma bela dupla!!"

Fazer o quê, né? Pelo menos não pagamos mico de chegar no hotel com carretinha atrás...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jantar mongol...adivinha com quem?

Zé, amigo querido, dando mais uma colaboração com seus causus. Cada um melhor que o outro. Deliciem-se !
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Esta aconteceu nas minhas andanças na Inner Mongolia. Naquele mesmo lugar onde a chinesa veio ao meu quarto com sua tabelinha de preços.

Pois bem ! No outro dia, o dono da cidade fez um jantar típico em nossa homenagem, em uma tenda mongol montada no pátio do hotel. Muito chic ! Mesa redonda e uma enorme bacia no meio borbulhando um caldo branco e uns rabos de aves sobrenadando naquele caldo. Inocentemente perguntei: Is this duck? (Isso é pato?) E o anfitrião me respondeu: Pidgeon (pombo) com uma cara como se dissesse faisão!

Eis que ele move a colher naquilo e sobem meia-duzia de pombos inteiros, com cabeça, olhos e tudo mais. E o caldo branco? Leite de cabra e banha de porco. Era a famosa sopa Gengiskan, que todos os guerreiros tomavam no inverno, antes de ir pra a batalha, pra dar sustância.

"Quero não ! Agradecido!" pensei eu em vão. Foram várias rodadas daquilo.

Lá pelas tantas, entrou uma mongol, digo nativa, com um jarro de bebida numa mão e uma cumbuquinha em outra e, no braço, um monte de faixas brancas. Era o ritual de boas-vindas que consistia no seguinte: Ela entoava uma canção, finiiinha, estridente e, enquanto cantava, enchia a cumbuca com a bebida da jarra - que nada mais era do que uma cachaça de quinta - colocava a faixa branca no pescoço do visitante e este tinha que beber a tal bebida. Quanto mais demorava a música mais você bebia. E a mesma cumbuca rodava a mesa. Contei quantos tinham antes de mim e eram 7, ou seja, a minha cumbuca vinha mais do que babada. E tinha mais: se a dita fosse com sua cara, ela cantava mais de uma música e você tinha que beber quantas cumbucas durasse a música.

O cheiro forte dos pombos na bacia de leite de cabra sobrenadando em gordura de porco, a voz daquela donzela estridente e a cachaça na cabeça do povo, faziam tudo rodar.

Na minha vez, olhei firme pra ela, com a cara bem fechada e disse: Just one! (só um) E virei a cumbuquinha, ela deu um sorrisinho pra mim e repetiu a mesma musica enchendo a cumbuca novamente. Quis matar ela.

Foi aí que, como num passe de mágica, entra na tenda um mongol imenso, mas imenso mesmo, vestido de guerreiro com um bode assado inteiro numa bandeja também imensa. A cabeça do bode era passada de mão em mão e cada um tinha que beijar a testa do bode em sinal de respeito. Quando a cabeça do bode terminou de rodar a mesa, o mongol soltou um grito horroroso e, de um só golpe, estraçalhou o bode em trocentas mil partes com as mãos. Ah! dentro da tenda, tinham várias caixas de som onde soavam tambores ritimados.

Naquela altura, tudo girava na minha cabeça, a sopa, os pombos, a cachaça, o bode, o mongol e a cantora lírica. Não deu outra, coloquei a mão na boca e corri para a porta da tenda e chamei o juca. Até hoje, quando o chefe quer me puxar a orelha, ele diz: "Deixe estar, na próxima vez te levo a um jantar mongol !"

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pra quem não acreditava na existência do Zé...


Olha ele aí. Primeira colaboração de " O leitor também vai escrever ". Transcrevo o texto tal e qual ele me enviou.




E foi assim.


Naquela viagem fatídica para Taiwan, quando Taipei nem metrô tinha ainda e que o chinês da Van me despejou no Sheraton e eu pensava que iria para o Hilton. Pois é! Hotel Sheraton de Taipei, lindo, cama fôfa com lençóis de algodão egípcio. Estas delícias que a gente só encontra em hotéis 5 estrelas.O tal do representante de Taiwan, não me lembro mais do nome, mas cuja empresa chama-se Green Mountain, era um chinês de cara redonda e dentes pretos. Ficou de passar no hotel para me levar para jantar um churrasco chinês. E eu nem imaginava o que isso significava. Mas isto é uma outra história...


Chinês combina de encontrar comigo no lobby do hotel, mas acaba subindo, batendo a campainha do meu quarto e se adentrando com sua secretária, que ria o tempo todo com a mão na boca, um lápis e um bloquinho de anotações. E o chinês não parava de falar e sua secretária atrás, rindo e tapando a boca com a mão, dando voltas e voltas no quarto. Abri a porta algumas vezes com menção de sair, mas o chinês só falava, falava, falava. Meu inglês naquela época péssimo, e inglês com sotaque taiwanense, pior ainda, ou seja, não tava entendendo p nenhuma o que o chinês falava. Estava vindo da Coréia e louco por um barbecue...


E, de repente, o chinês, cansado de dar voltas no quarto e de falar de sua empresa suponho eu, senta na minha cama, e pior, em cima do meu travesseiro! A chinesinha só anotando no bloquinho, tudo que eu falava e o que o chefe dela também falava.


Numa certa altura, o diabo dá o maior peido no meu travesseiro! Daqueles prolongados, tipo tarol em parada de 7 de setembro. Fiquei puto, olhei pra chinesinha e ela jogava a cabeça pra trás no maior riso de sacudir o corpo, tapando a boca com a mão e achando lindo o chefe dela peidando no meu travesseiro. Passei o jantar inteiro tentando lembrar como chamava travesseiro em inglês, para quando voltar ao hotel pedir para trocar aquele todo peidado. Não lembrava, de tão puto que fiquei.


Chegando ao hotel, apertei o housekeeping (serviço de governança) no telefone e quando a moça veio, peguei o travesseiro e entreguei a ela e falei, curto e grosso: change please!! (troca, por favor)


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mico meu...êpa!!!


E estamos uma amiga e eu na China. Tem muita coisa que aconteceu por lá que vou contando aos poucos. Mas essa história é dura na queda. Sinto vergonha só em lembrar.

E lá vamos nós conhecer as muralhas. Onibus de turismo, chinesinho falando o tempo todo e minha amiga não perdia um minuto pra dar uma dormida. Eu sou do tipo que fico sempre alerta olhando, vendo e falando. Demais. Porque não calo essa minha boca um pouco?

O micro onibus não tava cheio. Minha amiga na janela eu corredor ao meu lado um rapaz e na janela sua mulher.

Sem muito pra onde olhar eu precisava de reparar no moço? Não, né? Mas reparei. Reparei e falei: amiga, olha só o tamaanho da "mala" desse cara! Nunca vi uma "mala" assim. E ainda piorou. Disse: que beleeeeza! Como ela não acordou, não disse nada a conversa não rendeu. Obrigada Senhor! O moço quieto estava, quieto continuou.

Chegamos nas muralhas andamos passeamos fizemos comprinhas e hora do almoço. Nosso lugar à mesa era junto com o casal. Eu já nem me lembrava do que havia dito.

Então foi servido um suco em uma garrafa transparente, mas ele era meio encardido, parecia limonada ou laranjada, quer dizer uma cor de água suja. Viro eu prá minha amiga e digo; de que será esse suco? ela. Não tenho idéia. No que vira o rapaz mui gentilmente diz em alto e bom tom e em portugues: acho que é de laranja.

Ele falou e eu imediatamente pedi pra morrer. Morrer só um pokim...pelo menos por umas duas horas. Mas não morri. Tive que segurar a onda. Deus seja louvado.

Que vergooonha!!!! Mas não pensem que aprendi. Tem mais.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Zé na China...mais uma história inacreditável.


Essa aconteceu há uns 3 anos atrás.

Tava o Zé numa comitiva da Empresa visitando os cafundós da China. A cidade se chama Erdos e fica na divisa da China com a Mongólia. Região que eu sou apaixonada. Ainda vou à Mongólia um dia. Se me sobrarem dias de vida, porque pela minha gula de viajar, os muitos que ainda me restam, se Deus quiser, vão ser poucos pra tanta coisa.

Mas continuando... A região se chama Inner Mongólia.

A cidade tem um dono. Tudo é dele. A imensa Fábrica de Ferro Ligas, o imenso Hotel, a imensa Fábrica de Cashemir. Aliás a maior da China e cujo nome é ERDOS. Tudo imenso, inclusive o imenso deserto de onde surgia como que por milagre, tudo isso.

Chegaram e ele super cansado tomou um banho e foi abrir seus imeios. Nada do computador funcionar.
Ligou pra recepção e pediu um técnico. Ah! Esqueci de dizer que naquele lugar há meia hora do fim do mundo ninguém falava inglês exceto o dono de tudo, que aliás tinha se formado em Cambridge! Vai entender como!

Acredite se quiser.Dez minutos depois batem à porta, ele abre e uma chinesa toda faceira mas meio suspeita se apresenta. Ele pergunta: você é o técnico do computador? (santa inocência...)
Ela então mostra um papelzinho com três valores, onde ele foi lendo e ela acompanhando com gestos pra garantir o entendimento.

Aqui uma pausa prá explicação. Vamos chamar os personagens a seguir de amigo e amiga.

1) 1.000 yens: e aponta pro amigo dele e pra boca 1, 2, 3, dela.

2) 2.000 yens: e aponta pra boca dele e pra amiga dela

3) 3.000 yens: e aponta pro amigo dele e pra amiga dela.

Ele pensou: meu Santo Deus, onde vim parar... Deu um sorrisinho amarelo como os nativos e balançou o dedo negando. Fez várias reverências como eles fazem agradecendo, e indicou para o computador mostrando o polegar pra baixo querendo dizer: o computador não funciona. Preciso de alguém pra fazer funcionar.

Ele não sabe o que ela entendeu, só sabe que ela saiu rapidim, e mais rapidim ainda voltou mostrando a tabelinha de trabalho dela agora com um reajuste e uma promoção. Ou seja: apontava para o nº 3 e para o nº 2 e mostrava o preço do nº 1. Dois serviços pelo preço do serviço mais barato. Uma verdadeira pechincha.

A essa altura do campeonato já eram 2 da manhã, ele dizia e fazia gesto de não, ela insistia, ele abria a porta e tentava colocar ela pra fora ela fechava a porta e ficava, enfim. Veio pra trabalhar e não queria perder a viagem. Ele dizia não e ela insistindo, ele abrindo a porta para ela sair e ela fechando a porta. E entrou de vez e plantou-se no meio do quarto, não desistia.

O Zé liga pra recepção e chama o chinesinho pra ver se se salvava daquela situação.
O china vem e o Zé fazendo gestos tenta explicar a situação e que era pra ele sumir com a moça do quarto. O chininha só apontava pra ela e fazia o sinal de positivo, tipo assim, esta é boa... Não teve jeito.

Tirou 1.000 yens da carteira, deu para eles e os empurrou porta afora.

Os três dias que ficou lá não tocou mais no computador. Que mêda!!!!!!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Outra do Zé...campeão até agora....hehe...hehe...


E tá lá ele no Japão fazendo graçinha pros japas afim de desencalhar o Ferro Liga da Empresa. E come com pauzinho, e dá-lhe saquê, e peixe cru, peixe cozido, peixe assado, suximi, naguiri, daiquiri e tudo que termina em i.

Um belo dia o japa faz o convite. Vou te levar hoje em uma churrascaria. Num tô acreditando!!! Será que ouvi bem? Mineirim acostumado com arroz feijão e bife todo dia, não acreditava que ia comer um naco de carrrrrrrnneeee. Carne. Deus seja louvado!!!

A noite demorou a chegar mas chegou enfim, e lá foram eles Zé salivando e já podendo sentir o cherim da carne assada entrando pelo nariz adentro.

Restaurante legal, tudo muito bom tudo muito lindo mas já estavam acomodados e não sentia cheiro de nada. Nada que lembrasse carne.

Nem podia, nem sentiu. O restaurante servia churrasco de vegetais. Todos os vegetais que ele já havia comido na vida, todos que conhecia, e claro, trocentos que ele jamais soube o que ingerio.

Advinha o que saimos pra comer assim que ele chegou de viagem? Eu acompanhando pra dar apoio, porque carne mim não come....rs.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Acredite se quiser...


Quando fui à China há muitos anos atrás, um amigo chinês que trabalhava comigo no Iraq me deu uma carta prá eu entregar a um amigo dele em Beijing (Pekim). Ok. Só tinha um senão. Se eu não encontrasse o cara ou eu comia a carta, ou rasgava em mil pedaçinhos, colocava no vaso e dava descarga. O amigo trabalhava com turismo e poderia nos ajudar. Muito bom.
Peguei a carta meio como que carregando uma brasa não mão, já que tava escrita em chines e não tinha idéia do que.
Chegando em Beijing fui até o endereço, um prédio como se fosse uma Secretaria de alguma coisa, serviço público. Mostrei o nome dele na recepção e depois de muito vai e vem, a moça me disse a qual andar devia ir. Subi e desci escada, fui a várias salas, subi, desci, um prédio esquisito parecia que tava em reforma, ao mesmo tempo parecia que estavam de mudança, sei lá. Enfim, não encontrei.
Voltei à recepção falei de novo com a moça e ela depois de muito confabular com pessoas, me colocou no telefone com o moço. Êeeeba!!!!!! Falei com ele, super gentil, disse que tava numa reunião e que não poderia falar comigo naquele dia e que eu voltasse no dia seguinte. Ok. Voltei.
Recepção de novo, mesma moça, mesma peleja prá me comunicar, não conheço, nunca me viu, não é aqui, nunca vi, mas falei com ele ontem, você que ligou prá ele, eu não, você está enganada, eu não, não sou louca, você só pode estar brincando, o próximo da fila, obrigada e até mais ver.

Fui embora. Até hoje sou encucada com essa estória.

Ps.: não comi a carta. Usei a segunda opção.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

China continuando...

Prá quem acha que atravessar a av. 9 de Julho em Buenos Aires tá fazendo uma grande caminhada, olhe só o tamanho da Praça da Paz Celestial. É de desanimar. Também prá reunir chineses no 7 de Setembro deles, ela não poderia ser menor.
Estacionamento na porta da Fábrica onde trabalham o jade.

Ainda cidade proibida.


Chineses trabalhando o jade. Fazem belezas que só vendo prá crer.



Cidade Proibida.




China - Beijing - Muralha - Cidade Proibida - Praça da Paz Celestial

Coisa mais fofa! Os chininhas já politicamente corretos passeando na Praça da Paz Celestial.

Carmen e eu encantadas com a Muralha.

Eu, super mal agasalhada pedindo prá morrer de tanto frio.

Não sei se vai dar prá ver bem, mas essa foto é linda. Enquanto andava pela Muralha, escutei um apito e quando vi era essa maria fumaça. A paisagem ficou mais bonita ainda.

A Muralha. Não adianta você saber que ela tem 5.000 km de extensão. Só vendo prá tomar consciência da imponência e beleza dessa construção que sobe e desce montanhas, atravessa desertos e desfiladeiros. Uma doideira. Eu pensava que era um muro, mas não é. É uma estrada alta, onde os soldados moravam. Pode passar um carro. A cada X metros ela se alarga formando uma torre /fortaleza, onde ficava a guarda. Onde dormiam, comiam, descansavam.

Um passeio inesquecível.

Guarda, montando guarda comigo na Muralha. Ele não sabe, mas me agarrei nele prá esquentar um tico, porque tava um frio de matar. Ele não achou ruim não...rsrs...

Fila prá visitar o Mausoléu do Sr. Mao Tsé -Tung. Se tá pensando que vai voltar amanhã e ela vai estar menor, desista. Ou enfrenta ou não visita. É assim o tempo todo. Enorrrrme. Eu desisti. Não pela fila, mas não achei que seria interessante.

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