quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Millôr na moleira!


"Me arrancam tudo à força, e depois me chamam de contribuinte."

Perfumando o blog e descobrindo a riqueza !

































Quando eu digo pras minhas amigas que, quando a gente pensa que tá abafando e usando perfumes caríssimos, que custaram 70, 90, 140 dólares, ou mesmo euros, elas não entendem o porquê.

Vou passar só alguns pra vocês terem uma idéia do que é usar perfume caro. E olha que não tenho acesso à lista de perfumes feitos sob encomenda.

Estes, jamais saberemos quanto custaram.

O mesmo vale pros cremes. Creme de 150 euros, quem tem grana, nunca ouviu falar.
Atenção para o detalhe da quantidade de ml por vidro.

Imperial Majesty- Clive Christian - $ 215.000 30 ml - o campeão
Clive Christian nº 1 - $ 2.150,00 - 30 ml
Poivre- Caron - $ 2.000 - 60 ml
Jean Patou- Joy - $ 800 - 30 ml
Caron - Montaigne - 885 Euros - 7,5 ml
Azzaro - 230 Euros - 75 ml
Mandragore - Annick Goutal - 180 Euros - 100 ml
Lalique - 650 Euros

Comer bem em Paris, pagando menos ou não, mas sempre comendo bem


































Onde comer bem em Paris. Apesar de que, pelo menos aqui em BH, come-se muito bem com o que gastamos em um Macdo de lá. Não estou falando somente de jantar chic, com vinhos, em restaurantes. Falo de comer legal, se alimentar bem durante o dia e mesmo à noite, turistando, sem grana sobrando no bolso. Já viram que falo da minha turma, aquela que aproveita mas não nada de braçada na grana e que não esconde grana na meia. Ódio!

Voltemos ao que é melhor. Vou citar novamente, atendendo a pedidos, uma listinha de restaurantes ( já falei sobre eles em outros posts, mas o povo é muito preguiçoso e quer tudo mastigadinho. Ninguém quer procurar. OK ! ).

La Crêperie des Canettes
É o típico bom e barato. Com crepes entre 7 e 9 euros, a creperia oferece refeições leves e ideais, antes de um concerto ou de um show. Todas as refeições respeitam as tradições da culinária parisiense e só usam farinha de trigo sarraceno.
10, rue des Canettes, 6ème.
Metrô: Mabillon, Saint-Sulpice ou Odéon - linhas 4 e 10

Bar du Marché
O local vale uma parada, nem que seja rápida para ter a experiência de um autêntico café parisiense. As mesas na calçada ficam sempre cheias com pessoas querendo beber, tomar sol, ler, conversar, ver e serem vistos.
74, rue de Seine, 6ème.
Metrô: Odéon ou Mabillon - linhas 4 e 10

Le Procope
O primeiro restaurante de Paris. Surgiu em 1686 como um lugar pras pessoas tomarem um café. Com a abertura da Comédie Française, o local tornou-se ponto de encontro de artistas, intelectuais e escritores. Nomes como Rosseau, Voltaire, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, além do trio Danton, Marat e Robespierre, se reuniam na casa para definir os caminhos da Revolução Francesa. Legal ver a placa na porta com a data da fundação e fazer comparações, tipo, nosso Brasil estava engatinhando.
13, rue de l'Ancienne Comédie, 6ème.
Metrô: Odéon - linha

Chez Aïda
Pra quem gosta de uma comidinha temperadinha, caseira, vá experimentar a culinária do Senegal. É uma delícia e o atendimento impecável. Fecha às quartas-feiras.
48, rue Polonceau
Metrô: Château Rouge - linha 4

Bouillon Chartier
É um restaurante ótimo que é frequentado pelo povão - trabalhadores e comerciantes - na hora do almoço. Super movimentado e rápido. Não se assustem quando pedirem a conta e o garçom fizer a soma no papel da toalha de mesa. Um barato ! Comida gostosa e vocês vão almoçar como um francês comum. Super tradicional. Foi fundado em 1845
41 da rue Monsieur-Le-Prince.
Metrô: Strasbourg Saint Denis - linhas 4 e 8

Julien
É um dos restaurantes mais chiquérrimos de Paris. Mais conceituado, comida ótima, caro e super in sempre. Podem colar o nariz no vidro, ler o cardápio e/ou entrar pra conhecer. Sem vergonha ! Vocês são turistas. Podem comer também. Quem sabe o carérrimo pra mim procês não é. Podem aproveitar também, se tiverem tempo, pra voltar pro centro da cidade pela mesma rue Saint Denis que é a rua das putas. Vocês vão ver as garotas procurando trabalho cada uma na porta do hotel ou casa ou beco ou sei lá. Sabiam que elas tem sindicato, carteira de saúde e vivem fazendo passeatas pra reivindicar seus direitos? O caminho é legal e sai no Halles, que não podem deixar de visitar também. O Julien fica no número 16 da Saint Denis.
Metrô: Strasbourg Saint Denis - linhas 4 e 8

Léon de Bruxelles
Mexilhão. Gosta de frutos do mar? O melhor e mais saboroso está no Léon de Bruxelles. Você come direto da caçarola, com o molho escolhido por você e acompanham as famosas batatas fritas belgas . Pode comer à vontade. Repetir e repetir (as batatas, claro!). São vários restaurantes espalhados pela cidade e pela França. O meu preferido é o da Champs-Elysées . É só entrar no site pra já ficar com água na boca.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quando a modernidade vira perigo. Próximo, muito próximo






















Não é motivo pra pânico, mas é motivo pra muita atenção, tomar cuidado e ficar de olhos abertos.

Tô falando de crianças e pré-adolescentes no computador.Tenho ouvido fatos que estão apavorando os pais. E a nós parentes e amigos.

A meninada se acha muito esperta, mas não é mesmo!!!

Se você começar a perceber que seu filho anda meio assustado, mudando a imagem da tela do computador quando você se aproxima, dormindo mal, indo mal na escola, nervoso, sobressaltado, é melhor dar uma conferida no que ele anda vendo na internet. Ou o que alguém pode estar fazendo com ele.

Casos com pessoas próximas tem acontecido.

As crianças abrem o jogo achando que estão falando com alguém, de igual pra igual . Contam tudo: " Tô em casa só com a empregada , minha mãe tá trabalhando e só volta a X horas, meu pai viajou, ele só volta semana que vem, trabalha na empresa tal , ele é muito legal, me deu Y de presente que custou X reais, caro, né? mas ele ganha muito dinheiro, o carro dele é um XYW." E por aí vai, entrega tudo.

Aí é que entra o perigo maior. Aos poucos, e com a sabedoria de adulto escroto que é, começa a pressionar a criança e a ameaçar, sem que ela perceba. A ameaça maior é quanto a não dizer nada pros pais sobre a conversa "entre eles". "Só nossa. Nosso segredo."

Me lembro de quando era criança, tinha vontade que meu pai fosse soldado, porque impunha pra cacete dizer: "Meu pai é soldado, o seu não é." Era o poder total. A força. Numa discussão de criança, era o tiro certeiro pra ganhar a disputa.

Hoje tudo mudou, mas os filhas da mãe que adoram molestar crianças e assaltar casas, enfim, aproveitar e tirar qualquer tipo de proveito, estes nunca mudaram.

Só aumentaram.
Acho que os pais devem conversar entre eles e trocar idéias. Trocas experiências.
Deixe sempre o computador do quarto dele ou o da casa, em uma posição de uma forma que você passando veja a tela. Tem vários truques, que os sites abaixo podem dar idéia. Podem não. Dão idéia.Tem muita coisa interessante que ajuda a prevenir.

Yoani, nós todos, e a esperança que nunca morre.



“Bueno, parece que tampoco fue el 2009, quizás será el 2010 ese año que estamos esperando”.

Peguei essa frase do blog da Yoani - que já recomendei aqui - cubana que batalha, sem descansar, pra uma vida melhor pra ela e o povo da sua terra.

E pensei : "Essa é a cara da esperança".
Esperança não só do povo cubano mas do povo brasileiro em geral, de países africanos, da comunidade judaica e da comunidade palestina - que vivem a incerteza de estar vivo no dia seguinte; do gay que batalha pela igualdade, pela adoção de crianças, pelo casamento legalizado; do negro que, por mais inserido que esteja em uma sociedade, ainda sofre a discriminação por ter essa pele linda, brilhante e tão diferente - pele negra que também precisa de protetor solar, como qualquer outra. Do gordo que sofre uma discriminação como se fosse culpado pela carga que carrega, literalmente! Esperança de nós brasileiros que moramos em cidade grande, de poder voltar a andar pra onde quisermos, sem medo, podermos sair à noite, passear pelas ruas, sentar em praças, deixar as crianças irem sozinhas à escola que fica a dois quarteirões de casa. Esperança de pessoas que moram em cidades menores, nesse imenso país, de que não chegue até eles esse medo que nos apavora há tanto tempo.

Esperança que vai passando de um ano pra outro.

Muitos conseguem dar uma boa baixa na lista de prioridades. Outros até conseguem fechar a lista anual.

Mas tem uma maioria que tem problemas em comum. Essa tá sempre adiando e é mais pra essa que gostaria de falar e, dando um toque, uma dica :

Votem com consciência. Prestem atenção no seu candidato. Recorram às listas e anotem os nomes dos cafajestes que tem um passado "puleiro de pato". Prestem atenção aos Arrudas da vida. Não confiem achando que eles vão mudar.

Quem muda é criança. Se molda.

Adulto não.

Se não me contiver, escrevo páginas e páginas sobre esperança, desejos, anseios, necessidades.

Todos nós temos o direito de ter uma vida legal, um lugar pra morar, grana pra pagar a luz, o aluguel, um plano de saúde, de comer em um restaurante, um passeio no parque com o filho, e viajar.

Viajar, que é um dos melhores presentes que você pode dar a você mesmo. Sobre isso falo com muito conhecimento de causa.

Dê essa oportunidade a você. Não viaje no seu voto.

E você vai se agradecer.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Djavan a todo vapor em Cannes e o francês pedindo pra morrer


Estava de bobeira em Cannes, na casa da minha amiga e, de repente, começo a ouvir Djavan esguelando. Alto mesmo !

Pensei cá comigo: "só pode ser casa de brasileiro" (francês, mesmo gostando muito de música, jamais iria ouvir naquela altura).

Fui pra varanda, e espichei o ouvido pra sentir de qual apartamento tava vindo o som.

Várias janelas abertas, era difícil identificar.

Foi aí que chegou uma moça em uma varanda, varrendo e cantava na mesma altura.

Brasileiro conhece o outro de longe. Meus amigos franceses ficam doidos comigo quando começo a apontar brasileiro na rua. Não entendem como posso saber, no meio de tanta mistureba - brasileiro criolo, branco, japonês, moreno, loura - como sei que é brasileiro. Eu digo que ninguém anda como a gente. O jeito de andar, rir, sei lá. Só sei que nunca errei. Tenho um amigo que diz que é fácil, porque todos andam com a mochila na frente. Medo de roubo....rs. Mas eu não me engano e daquela vez não me enganei também. Vi que não era brasileira.

Fiz um gesto pra ela e perguntei em Português: "Você é de onde?". E ela respondeu em Português: "Daqui, sou francesa."

E daí começou uma bela amizade.

Eram mãe e dois filhos adolescentes, franceses que tinham morado durante muitos anos no Brasil, a mãe se separou do marido e estavam voltando. E moraram em Belo Horizonte. Pode? Mundo pequeno. Super simpáticos. Loucos com o Brasil e com o coração apertado por terem que vir embora, por isso o som naquela altura.

O apartamento todo zoneado com a mudança, e já tava ajudando a colocar as coisas no lugar, quando ela me contou um caso engraçado que tinha acontecido à noite e tava puta com o vizinho.

Disse que tinha se levantado pra ir à cozinha e trombou em alguma caixa que caiu e fez barulho. Normal. Normal no Brasil, cara pálida, lá é uma afronta fazer barulho à noite.

E não é que o vizinho subiu pra reclamar? Às 3 da matina?

Ela abriu a porta, o moço reclamou e ela disse pra ele: "Estou realmente de volta a essa terra de neuróticos. O sr. se deu ao trabalho de subir pra me encher o saco. Se fosse no Brasil, ninguém subiria mas, se subisse, seria pra ver o que tinha acontecido e se eu tava precisando de ajuda." Falou brava e fechou a porta na cara do moço.

Ela não ficou muito tempo por lá.

Da última vez que nos falamos, tava morando na Itália.

Deve ter sido o mais próximo da nossa zona que ela encontrou pra viver. Brincadeira! Casou com um italiano.

Mas tava amando. Os dois.

Criança dodói em BH com atendimento gratuito






Pelos caminhos que já andei, já vi muito problema com atendimento médico. Não só no Brasil.

Tenho uma amiga que precisou ajudar em um parto na Inglaterra. Na mesma Inglaterra, outro já tinha sido anestesiado e não tinha médico pra operar. Esperaram passar o efeito da anestesia pra voltar pro quarto. Ainda lá, já vi foto em jornal, de pessoas deitadas em corredores por não ter leito e morrer em fila por falta de atendimento. Já fiquei esperando em fila de hospital em Viena e já enfrentei fila também com amigo em Paris.

Estou contando essas experiências, porque a gente acha que problema hospitalar é só no Brasil. Não é mesmo!

Então, quando vejo um trabalho como esse sendo feito, acho que tenho mais é que divulgar.

O atendimento médico é feito na Igreja do Carmo em Belo Horizonte-MG.
Olhem só !

"No setor da Pediatria, contamos com médicas(os) da UFMG e UNIBH. Assim temos muitas vagas para os atendimentos. Para manutenção do trabalho, pede-se uma contribuição de R$2,00 pela consulta e não há limitação geográfica; atendemos crianças de qualquer bairro e da região metropolitana. Como é um projeto social, procuramos atender as crianças que necessitam de atendimento e não estão conseguindo nos Centros de Saúde. Por favor, ajudem a divulgar esse trabalho!

Ambulatório Carmo Sion - Av. N. Sra. do Carmo, 463 - Sion - Fone: 3221-3055"

Você pode não precisar, mas tenho certeza de que conhece pessoas que precisam, gente que não tem um plano de saúde.

Divulguem !

Cultura, hábitos, costumes, língua, delicadeza, educação, tudo junto e misturado.






Uma das coisas que demorei a me acostumar - porque achar normal ainda não acho - com o povo do lado de lá do Atlântico, é não oferecer. Vou explicar.

Aqui no Brasil é super normal quando vamos comer alguma coisa, oferecer pra quem tá do lado. Pode ser em casa, no trabalho, onde for. Dependendo do lugar, até pra um estranho, por exemplo, um motorista de táxi, em uma fila de banco. Impossível tirar um chicletes e não oferecer pra quem tá te olhando. Pra nós, isso é super normal.

E também temos o costume de oferecer préstimos. No trabalho, se vou sair pra comprar um lanche, pegar uma água, mesmo se vou ao shopping, um supermercado, é super normal perguntarmos se alguém precisa de alguma coisa. "Quer que traga seu lanche?"

Na França - mais uma vez lá, mas foi onde fiquei mais tempo - tem isso não. É a coisa mais comum do mundo você estar com uma pessoa, na casa dela ou na rua, ela ir à geladeira, pegar alguma coisa ou comprar e voltar pra conversa, comendo feliz da vida. Nem sonham perguntar se a gente quer. É normal. Mas pra nós isso não é esquisito? Vai, pega um suco e volta bebendo tranquilo. Oferecer? Nadinha. Falta de educação? Acho que não. Costumes diferentes.

Então me lembro aqui da minha amiga polonesa (que já contei vários casos sobre a nossa convivência). Sempre que eu tava na casa dela e ia comer, beber, sair, perguntava. "Você quer? Precisa de alguma coisa? Aceita?" E parei de perguntar no dia que ouvi: "Não obrigada, quando eu quiser eu pego." Ouvi também: "Quando eu tenho fome eu como, não precisa me oferecer." OK. Parei. E era doido demais, porque realmente ela comia quando tinha fome, não tinha essa de hora do almoço, hora do jantar. Tomava um belo sorvete às 3 da manhã se tivesse com vontade ou fazendo calor. Como faz muito calor em Cannes, qualquer hora é hora.

E comia o que fosse, leve ou pesado, a hora que fosse. Primeira refeição às 3 da tarde ou podia ser às 9 da manhã.

Mas eu ainda fico muito desconfortável em não poder demonstrar, naturalmente, a minha gentileza.

Mais ou menos nessa linha, já vi várias vezes um ser lavar seu próprio copo, seu prato, seu garfo. Mesmo que na pia tivesse só mais um copo ou uma caneca, não tinha usado, não lavava.
Eu, hein! Povos. Culturas. Nem que vivamos por muitos anos com uma cultura diferente, jamais nos enquadramos total.

Observando, observando gente pelo mundo, fiz uma descoberta.
No quesito expressões de grande emoção, não importa em que país estiver a pessoa, não importa se nem um outro fale a língua dela, se ficou muito feliz, ou muito puto, muito indignado, a exclamação vai na língua pátria. Qualquer uma, inglês, francês, alemão, árabe, português.
Tanto faz.
O " filho da puta !!!", de qualquer língua , vai sempre no original....rs.
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Esse blog também é cultura

son of a bitch - inglês
fils de pute - francês
κάθαρμα - grego
kurvin sin - croata
figlio di una cagna - italiano
hijo de puta - espanhol
jäveln - sueco

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cheiros e lembranças









O olfato é uma referência muito boa, muito legal. É impressionante como tantos cheiros me levam, como num passe de mágica, no mesmo segundo que o sinto, ao lugar motivo da lembrança.

Tem um cheiro de madeira nova, roupa de cama nova, casa nova, tudo novo, que é o cheiro do meu quarto no acampamento que morei no Iraque. Eu tava usando tudo, absolutamente tudo, pela primeira vez.

O cheiro de Confort, o amaciante, me lembra NY, só Deus sabe o porquê.

Cheiro de flor eu não gosto, passo longe de flora, me lembra o enterro de um amigo muito querido. Não acreditava que ele podia estar morto e passei o velório inteiro, olhando pra ele tentando fazê-lo se reanimar, com a força da minha mente. Claro que não consegui, mas o cheiro das flores grudou em minhas narinas pra sempre.

Cheiro de incenso : Índia, Nepal, na hora.

Cheiro de temperos fortes, curry, cardamono, canela, cravo, tâmara, açafrão, dá-lhe souk (mercado) de Bagdá. Adorava!

Cheiro de pipoca, só me lembra de cinema quando eu era criança. E pipoca doce, então, me faz lembrar até de filmes. O pipoqueiro fazia de propósito, lembram? Uns 15 minutos antes do filme terminar, ele garrava a fazer pipoca e o cheiro já conhecia o caminho que devia percorrer. Catava gente da primeira à última poltrona. Já saíamos do cinema salivando.

Tem um cheiro de empadinha, coxinha, empanados desse tipo, que me faz lembrar uma máquina que conheci na Holanda, que eu colocava a moeda e escolhia um enroladinho e ele saía quentinho. Não sei como não tive uma dor de barriga de tanto comer aquilo. Era bom demais !

Me lembro de um cheiro maravilhoso de café às 4 horas da manhã. Morava em NY com mais 2 amigas e uma delas trabalhava à noite, chegava sempre entre 4 e 5 hs da madrugada e fazia café. Eu acordava com o cheiro forte do café no apartamento fechado. Às vezes brigava com ela, mas no fundo, ficou uma lembrança de um tempo muito bom.

De um perfume que não posso nem ouvir o nome, que arrepio até a alma. Era usado por uma amiga com quem eu dividia apartamento em Paris. Ela saía antes de mim pela manhã e passava. Eu só faltava pedir a morte mas, como também amo perfume, não brigava, não me sentia no direito. Chumbo trocado.

Agora, tem um cheiro que faz doer de saudade. É o cheiro de pessoas.

Não o cheiro do perfume, do sabonete, mas o cheiro natural de algumas pessoas. Já aconteceu, mais de uma vez, de eu ficar "puxando" lá no fundo da minha memória olfativa, um cheiro que não queria perder. Pavor dele sumir. E consegui por muito tempo. Mas não pra sempre.

Ele se foi. Este dói tê-lo perdido.

Desempregados fazem greve na França. Só lá mesmo...

Você achou que já tinha visto de um tudo? Nã, ná, ni, nã, nã.

"Les chômeurs défilent pour manifester leur «ras-le-bol»" Manchete de hoje do jornal francês Libération.

Literalmente tá dizendo que os desempregados desfilam pra manifestar que estão de saco cheio.
Chômeurs= desempregados.
Como sempre, eles dizem que eram 5.000 e a polícia 1.400, mas não importa, no país da greve,
o importante é mostrar a insatisfação.

Vacinar ou não vacinar as crianças?



Não sei se é novidade mas eu, como sou meio lerda pra muita coisa, só tomei conhecimento há pouco tempo.

Vacinar ou não vacinar as crianças? Fiquei sabendo da turma que é contra, este ano lá na França. Pra mim, vacinar sempre foi tão certo como dois e dois.

Tava eu em casa de uma amiga e ela com um bebê na maior dúvida sobre sim ou não. A médica da pequenina era contra, mas não era doida de dizer não faça. E minha amiga, como toda mãe, só querendo fazer o melhor pela filha , doidinha, sem saber o que fazer. Olha que situação!

Não vou discutir aqui a posição da médica e da turma que é contra, porque nem tenho capacidade e conhecimento pra tal, mas tô dizendo tudo isso pra mostrar um outro lado, o lado que eu percebi. De repente posso tá dizendo a maior besteira. Vamos lá!

Segundo o pouco que soube da coisa, um dos motivos de serem contra é porque, várias das doenças já teriam sido erradicadas na Europa, veja bem, na Europa. Pra que encher a pirralhada de anti-isso, anti-aquilo.

E minha amiga ficava me perguntando o que eu achava, queria minha opinião. Difícil demais!

Um dia fui levar a filha maior dela na escola e, na volta, já tinha minha opinião formada.

Disse o seguinte: "olhando a meninada na porta da escola parecia uma Arca de Noé ou uma Torre de Babel, pra ser mais simpática. Tinha criança de tudo quanto é raça, país, cor, etc. etc. E com eles, pais, mães, irmãos, amigos como eu. Como eu que cheguei do Brasil, tô aqui convivendo, indo à escola todo dia, andando nas ruas, metrôs, sentando em qualquer lugar, falando com as pessoas, tem milhões de outros iguais a mim. Este é um dos países que mais recebe turistas no mundo. Esse povão é o melhor leva-e-trás de doença".

"As doenças podem ter sido erradicadas aqui, mas vocês não estão sozinhos no mundo. Não estão fechados numa bolha."

"Eu não ficaria nem um dia sem vacinar um filho meu. Deus me livre de ter que arcar com a responsa de uma sequela pela vida toda. Nem morta."

Essa opinião, evidente que não foi a definitiva, mas deve ter pesado. A pequena tá devidamente vacinada. Contra tudo.

Dieu merci !

domingo, 6 de dezembro de 2009

Seu Sadam ! Se a gente tivesse sonhado no que ia dar...























Como a gente era tolinha há muitos anos... Conversando hoje com um amigo e relembrando vivências nossas no Iraque, me lembrei de três coisas que, na época, não representaram, absolutamente, nada mais nada menos do que um capricho de um ditador recém-chegado ao poder.

Existia em Bagdá (verbo no passado porque, à essa altura do campeonato, não deve ter nem rastro) um restaurante lindíssimo onde íamos sempre almoçar às sextas-feiras. Chamava-se Kamarjan.

Era uma antiga estrebaria, enorme, muito alta, e o prédio era como se fosse um ginásio e dizia-se que, antigamente, o grande pátio interno onde ficavam as mesas do restaurante, era o lugar onde ficavam os cavalos e, ao redor deste pátio, existiam uma espécie de quartinhos com portas em arco, onde tinham tapetes, mesinhas, narguilé e o pessoal sentava pra bater papo e tomar chá.

Um belo dia, estávamos lá e chegou um bando de soldados do presidente e colocou todo mundo pra fora. Pra fora mesmo ! Sem a menor cerimônia. Sabem por que? Porque naquele dia tinha a "possibilidade" do Seu Sadam querer almoçar lá. Este fato não aconteceu só comigo. Várias outras pessoas contaram a mesma história.

Outra vez, estávamos abastecendo em um posto de gasolina de estrada e chegaram os soldados de novo. Sai, sai, sai, todo mundo porque sua majestade tá chegando e vão parár pra abastecer. Foi a única vez que vi o homem. Ele chegando e nós saindo...

E o outro causo, que era muito frequente, muitos de nós que trabalhamos lá vimos a cena.

A gente ia pela estrada em pleno deserto, aquela visão de 360º, de repente vinha um avião, ia descendo, descendo, descendo, aterrizava, andava mais um tempo e pluft! desaparecia. Aeroportos ou garagens subterrâneas - como a gente chamava. Fomos nós que vimos primeiro o buraco do Sadam. O mocó.

Apesar de ser muito difícil fazer fotos em determinados lugares, já naquela época, sempre se dá um jeitinho. Poderia ter feito fotos de dentro do carro. Não fiz.

E a gente só ria e achava doido, muito doido. Por que esconder embaixo da terra?

Bem mais tarde, ficamos sabendo - como todo mundo - mas as tais de armas químicas, estas, nem nós, nem os americanos, nem ninguém nunca viu.

Escola plural. Tem cabimento?




Tem cabimento aluno que não sabe a matéria dada passar de ano?

Tem cabimento aluno que não estuda e só perturba a aula, continuar com quem quer estudar?

Tem cabimento uma sala com 50 alunos permanecer com 2 ou 3 que não querem nada com o estudo?

É isto que prega a escola plural implantada em vários estados e que algumas professoras já não aguentam mais em suas salas de aula.

Tem cabimento o menino com 12 anos terminar o primário sem saber ler, escrever, somar e diminuir?

Tem muitos pais que acham um absurdo que seus filhos convivam todos os dias com estes colegas, que acabam puxando pra baixo seus filhos normais. É um desrespeito com quem acorda cedo, faz o para-casa, toma banho, se alimenta, conviver 4 ou 5 horas por dia com estes pivetes que não querem nada com a dureza ou com qualquer compromisso. Quanto nossos normais deixaram de aprender por causa deles que nada aprenderam? Talvez aprenderiam uns 10 a 15% a mais, no mínimo. E estes babacas, o que aprenderam? Nada ou quase nada e é aí que está o pulo da escola plural: aprenderam nada ou quase nada do que aprenderiam se tivessem tomado bomba, se desmotivado, abandonado a escola e entrado como avião ou fogueteiros para a escola do crime. Uma coisa não exclui a outra, mas atrasar alguns anos este outro aprendizado, ou até substituí-lo por qualquer outro caminho, é ganho muito grande. Vale muito mais do que os 10 ou 15% que nossos normais também adiaram em aprender.

É a escola plural vista por um semi-analfabeto.

Assinado : Dédédelas
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Colaboração do leitor, Dédédelas

Em Paris, táxi e apartamento pra alugar. Sopa no mel.














Atenção quem tá indo pra Paris !

Se você não vai alugar carro e já sair com ele do aeroporto - o que eu realmente não acho uma boa, porque o transporte coletivo da cidade funciona muito bem - vão aqui algumas dicas de translado. Isso tô falando pra andar dentro da cidade, é claro, porque se for viajar pelo país, aí é outra coisa.

Enfim, vou passar dicas pra quando você chegar. Já disse aqui e repito : não economize chegando ou saindo de qualquer lugar, pegue um táxi! Malas, peso, tá cansado, pés inchados, louco pra chegar no hotel. Vá por mim. Vá de táxi !

Lá vão endereços e telefones de pessoas de super confiança, que fazem este serviço em Paris e falando Português, o que facilita mais ainda.

Sr. Mario Pimentel (Transfer & Turismo Personalizado)
Paris_tur@hotmail.com
Celular 00 xx 33 6 99 81 34 53


Sr. Camilo Lavin (Tranports Lavin)
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Tel. Fixo: 00 xx 33 1 46 47 50 62
Entrem no site do Sr. Camilo e vocês vão conhecer os apartamentos pra alugar. Localizações ótimas.


Celular : 00 XX 33 6.64.63.09.84
Sr. Jorge Martins ( JM Transports)
contact@jorgemtransports.com
Tel. Fixo: 00 xx 33 1 69 30 23 82
Fax 00 xx 33 1 69208443
Celular : 00 xx 33 6 07 17 69 08

Tá tudo aí mastigadinho pro povo. Eu tô mesmo uma mãe, ninguém pode reclamar!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Semaninha difícil? Relaxe um tico com eles.











Eles, os cartunistas que eu amo.



Quando tem que ser, é mesmo !








































Estávamos viajando cada uma prum canto, uma amiga e eu, e combinamos de nos encontrar em Bangkok. Ela chegaria antes de mim e eu me encontraria com ela numa certa Guest House. Já tínhamos indicação de uma. Tudo bem.
Cheguei na cidade, peguei um tuc-tuc (uma moto com carroceria pra 2 ou 3 pessoas que ficou muito conhecido na novela Caminho das Índias). Em Bangkok é lotado de tuc-tuc!

Cheguei na Guest House, que era uma espécie de casa de dois andares, e tinha uma portaria com um pequeno balcão e, no segundo andar, ficavam os quartos pros hóspedes.
Me informei em que quarto estava Fulana de Tal e a moça olhou, olhou, procurou e disse: "Já foi embora."

"Como já foi embora? Claro que não! Ela ia ficar ainda mais 1 semana depois que eu chegasse."
"Não-está-mais-aqui."

Fiquei ali na porta, meio pasma, segurando minha mochila e pensando o que poderia ter acontecido. Meio sem ação, olhei pra escada que levava ao segundo andar, uma escada alta e bem íngreme.

Não sei porque cargas d'água, vi no lado direito da parede, lá no alto da escada, um quadro destes que todo mundo coloca todo tipo de anúncio - muito comum em albergues e guest-houses - e resolvi olhar.

Sei lá porque também, subi a escada e comecei a ler os avisos.

E logo dei de cara com um recado pra mim.

Era da minha amiga dizendo que ali não tava legal, tinha muita formiga, calorão, falta de conforto total e ela tinha se mudado pro Hotel X e abaixo vinha o endereço.
Peguei outro tuc-tuc e fui pra lá e nos encontramos.

E foi uma semana muito boa. Nos divertimos demais e tem mais causus, lógico!

O que me fez subir aquela escada? Só Deus! Sim, ele mesmo.

Depois continuo e conto que hotel era esse que a gente ficou. O que funcionava lá.

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