A primeira vez na vida que vi cereja fora do pano de prato foi em Jerusalém. A coisa mais linda do mundo de um vermelho quase roxo. Fiquei louca. Foi na Porta de Damasco, uma das portas mais lindas da cidade e estavam todas formando uma pirâmide cintilante em cima de várias folhas de jornal no chão, no passeio. Compramos um amigo e eu, não me lembro a quantidade (grande) e já saimos comendo felizes da vida. Uma deliiicia. Liquidamos com elas em poucos metros de caminhada. Me lembro que estávamos ainda na rua, isso mais a tarde, quando juntos e conjuntamente nossas barrigas começaram a batucar um samba. De samba foi passando prá baião, de baião prá rock e claro que não deu tempo de voltar pro Hotel. Comprometemos por um bom tempo a atmosfera de um banheiro emprestado .
Pergunta. Onde tava o problema? Na quantidade ingerida? Comer sem uma aguinha (não posso me lembrar disso que arrepio) comer com tanta sofreguidão? Sei não. Por dúvida das vias podem assinalar as três opções acima.
Cuidado com novidades. Sejam cautelosos. Em se tratando de cereja, não muito porque a fruta é tão deliciosa que não me causou trauma algum. Adoro.
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Vou te emprestar um Manual de Boas Práticas de Fabricação e uma cópia da legislação sanitária pra você entender a série de problemas envolvidos. Mas foda-se, não é não?Por uma cereja vale tudo. E pelo visto só ficou a parte boa: a memória do gostinho bom. Pois as calorias, juntamente com todo o resto, passaram direto e batido, rapidinho.
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