segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mico meu! Fernando Sabino se inspirou em mim...


Trabalhava eu em um prédio e o apartamento era no terceiro andar, mas meu quarto era no sétimo. Em Paris isso é muito comum, o último andar tem quartos que pertencem aos apartamentos. Cada um faz do seu o que quiser. Nesta época, eu estava sozinha no andar.

Sábado, inverno, resolvi dar uma geral no quarto, quiném vim ao mundo. Em casa é sempre assim.

E limpo e lavo e enxaguo e varro. Resolvi, só Deus sabe porque, dar uma varrida no corredor, pelo menos na minha porta. Como tava muito frio, enfiei uma camisetinha, que ia pouco abaixo da cintura, só pra dar a varridinha.

Você deve estar pensando: "já conheco essa história. O Homem Nu, do Fernando Sabino." Realmente a história é quase idêntica. E o aperto, idêntico.

Varri um tico e a porta ssxxlapt! Fechou atrás de mim. Evidente que só abria por dentro. Fiquei com aquela cara de " e agora ?" É uma sensação que não dá pra descrever.

Não me lembro quanto tempo fiquei ali esperando, tomar coragem pra fazer o inevitável: ir buscar uma chave no terceiro andar.

Tem um fato que, quem conhece a cidade, vai sentir mais ainda meu drama. O prédio é antigo, não tinha elevador, então colocaram um elevador daqueles abertos, que a porta fecha em sanfona, do lado de fora. Ele aterrisava no pátio ao lado da porta de entrada. Um cenário dos deuses pra quem tá pelado no sétimo andar e tendo que ir ao terceiro.

Depois de longos minutos pensando, resolvi enfrentar o frio e possíveis vizinhos. Benza a Deus que francês não fica nesse entra e sai de casa quiném a gente.

Puxava a camiseta na frente, a retaguarda ficava descoberta e vice-versa. Resolvi por bem proteger a dianteira.

Desci e fui tentar a sorte de achar a zeladora do prédio que morava na entrada, no térreo. Ela estava em casa. Como uma boa nativa, sentiu a tristeza da cena, não ficou me olhando, não riu (pelo menos na hora, não!) e foi correndo pegar a chave com minha patroa. Eu fiquei rezando pra família estar em casa. Enquanto esperava ainda tinha o cachorro da zeladora que agradou de mim e não saiu de perto, me farejando o tempo todo. Cena mais constrangedora não podia existir. Mas era melhor isso do que meu patrão abrir a porta e ver a "jeune fille au pair" de suas duas crianças, pelada na porta.
A moça voltou com a chave, peguei, agradeci e saí quiném um foguete, nem me preocupando mais com a traseira ao léu.

Só queria ficar livre daquela situação !

jeune fille au pair = Trabalho feito por estudantes. Normalmente buscam as crianças na escola à tarde e ficam até quando os pais voltam do trabalho, cuidando delas.

10 comentários:

  1. Amada, uma dessas tinha que ser com vc! Nem as do Zé, rsrsrs, vão conseguir superar. Ainda bem que não aconteceu "Toda nudez será castigada!"rsrsrs
    Beijuuss n.c.

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  2. Ah esqueci de te contar que esse bonitinho aí de "seguidor" é meu amigo Rogerinho. Como ele ama viajar,falei do seu blog e tá ele aí te perseguindo.
    Beijuuss n.c.

    www.toforatodentro.blogspot.com

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  3. Ai Regis, vou ter q ver o filme de novo...me esqueci do final.
    bjins

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  4. Já istamus a combinare di encontrar,pra discutire assuntos de viagem.
    bjins

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  5. Pessoinha, será que dentre os seus perseguidores, como nomeou Regina, tem algum (s) que está aqui só por causa dela?






    a perseguida?

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  6. Que piadinha infame e ridícula. Foi mal, gata! Pode apagar! rs

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  7. Não nos dias de hoje darling quérida......hhheeeeeeeeee....até a clientela antiga anda sumida.
    bjins

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  8. Foi donti....vc não se matriculou na Unitaliban...brogui da dona ieda é liberal e democrata....rs.
    bjins

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  9. AI JESUS!!!!! Imagino vento na retaguarda. Falta de compostura, sô!!!! Ninguém fotografou? Que pena!!!! Só rindo.
    Luiz César.

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  10. Ainda não tinha camera digital nem aluno da Unitaliban senão eu tava ferrada....rrsss.
    bjins

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