sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quando amamos, a cor não existe. Amamos pessoas


O Luiz me lembrou de uma história interessante.

Tenho uma amiga de Mali, na África. Negra, linda! Ela tava fazendo um estudo na Dinamarca e saiu com 3 amigas nativas. Loiríssimas! Foram fazer compras em um supermercado e se espalharam. Cada uma se ocupava de uma compra pra andar rapidinho.

Todas voltaram ao ponto de encontro, menos uma. Minha amiga. Foi aí que uma delas teve uma idéia. Vamos pedir pra chamar no auto-falante do supermercado. As outras duas acharam pouco provável, porque não iam dar um aviso de um simples sumiço. Era pouco, segundo a cabeça delas.

Foi aí que uma teve outra idéia mais brilhante ainda: "digo que é minha irmã e nossa mãe tá esperando no carro e que devemos voltar logo, patati, patatá". Todas concordaram e foi feito o chamado, ela apareceu e fim do caso.

Saindo, a negra perguntou: "Que idéia foi essa de irmã? Olhe pra nós, falou morrendo de rir. Por que não disse gêmeas pra ficar mais crível a história?" Falou fazendo piada.

Só nessa hora que as loirinhas se deram conta da diferença da cor.

Vocês podem pensar que entrou um preconceito por parte da negra. Pode ter sido sim, mas é quase certo que, se surgisse alguma dúvida quanto à irmandade, certamente seria da parte da negra. Ela já tem alguma estrada vivida nesse sentido e, por isso, a "mentira", na cabecinha dela, não "colaria".

2 comentários:

  1. Tive uma aluna com problemas de locomoção, caso sério. Mas sempre a tratei de forma normal como qualquer aluno. Elogiando quando merecia e dando uma reprimenda quando necessário. Certo dia, olhando os cadernos, a criança levando até minha mesa enquanto os outros faziam exercícios, senão o bicho pega,chegou a vez desta aluna. Quando a chamei, claro, ela com dificuldades se levantou, e eu terminando de olhar um trabalho, como ela estava demorando a chegar, sem levantar a cabeça eu disse: "Anda rápído menina, o tempo tá curto." A coitada andou rápido, mas só Deus sabe a que custo. Quando percebi o que tinha feito minha cara ficou roxa de vergonha. Pedi mil desculpas. Mas, que coisa, palavra solta não tem volta. Como nunca fiz nenhuma distinção na sala de aula, passou-me desapercido o problema da garota. Ah! ela percebeu meu constrangimento e me desculpou.
    Luiz César.

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  2. Sabe Lu, eu acho q ela deve ter adorado ser tratada como uma pessoa normal que é. Eu nem pediria desculpas, mas, se vc achou necessario. Me lembro de um amigo q numa briga deu um murro em um cara e quando viu ele era excepcional. Coisas de carnaval. O cara ficou doido c ele.......encantou de ter sido agredido pela primeira vez na vida....pode? e agradeceu...rs
    bjins

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